domingo, 13 de outubro de 2024

PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA

         4° Trimestre de 2024

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 03

Texto Base: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15-18; Atos 1:6-8

“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt.16:18).

Mateus 28

18.E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

19.Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20.ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!

Marcos 16

15.E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16.Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

17.E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

18.pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.

Atos 1

6.Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7.E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8.Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

INTRODUÇÃO

A Igreja, como o Corpo vivo de Cristo, é o cumprimento de um plano eterno de Deus, concebido desde a fundação do mundo. Ela não é apenas uma instituição ou uma comunidade de crentes, mas a expressão viva da presença de Deus na Terra, sendo edificada pelo sacrifício de Cristo e sustentada pelo poder do Espírito Santo.

As promessas de Deus para a Igreja não são meramente declarações futuras, mas são realidades que moldam sua identidade, missão e destino. Nesta lição, exploraremos a profundidade dessas promessas, entendendo sua natureza, seu propósito e as condições necessárias para que a Igreja possa vivê-las plenamente, refletindo assim a glória de Deus em meio ao mundo.

I. A NATUREZA DA PROMESSA DE DEUS PARA A IGREJA

1. A promessa de sinais sobrenaturais

A promessa de sinais sobrenaturais à Igreja é uma manifestação tangível do poder divino atuando no meio dos crentes, confirmando a veracidade do Evangelho e a presença do Espírito Santo. Jesus afirmou que "estes sinais seguirão aos que creem" (Marcos 16:17,18), destacando que os milagres, como a cura de enfermos, a expulsão de demônios, e outros atos extraordinários, são evidências do Reino de Deus em ação. Esses sinais não são apenas demonstrações de poder, mas também servem como ferramentas evangelísticas, atraindo os não-crentes e fortalecendo a fé dos que já seguem a Cristo. Além disso, os sinais sobrenaturais revelam o caráter de Deus como soberano sobre a criação e reafirmam a autoridade da Igreja em seu papel missionário. Portanto, essa promessa de sinais é uma confirmação contínua da obra redentora de Cristo e do poder transformador do Espírito Santo que opera através da Igreja.

2. A promessa de revestimento de poder

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1:8).

A promessa de revestimento de poder feita por Cristo em Atos 1:8 é fundamental para a missão da Igreja. Jesus, ao se preparar para ascender ao céu, garantiu aos Seus discípulos que eles receberiam "virtude do Espírito Santo", uma capacitação divina que transcende a habilidade humana natural. Este revestimento de poder, conhecido como o batismo no Espírito Santo, não é apenas um evento isolado, mas uma dotação contínua de poder espiritual que habilita os crentes a proclamarem o Evangelho com ousadia e eficácia.

Esse poder não se restringe à eloquência ou ao conhecimento, mas envolve uma transformação profunda que faz do crente uma verdadeira testemunha de Cristo. Essa testemunha não se limita a palavras, mas se estende a ações e ao modo de vida, impactando pessoas em todos os contextos: família, comunidade, cidade, e até as nações.

A capacitação espiritual prometida por Cristo é, portanto, essencial para a evangelização, pois ela não apenas impulsiona a mensagem, mas também autentica o mensageiro, demonstrando a realidade do poder de Deus operando através de vidas cheias do Espírito.

Além disso, essa promessa de revestimento de poder indica que a missão da Igreja é dependente da atuação do Espírito Santo. Sem esse poder, a obra evangelística seria ineficaz, limitada pelas fraquezas humanas. Com o Espírito, porém, a Igreja pode cumprir seu chamado de maneira sobrenatural, transformando o mundo ao seu redor e levando a mensagem de salvação até os confins da Terra, conforme o propósito eterno de Deus.

3. Promessas espirituais para uma instituição espiritual

A Igreja, como corpo de Cristo, é essencialmente uma entidade espiritual, nascida do sacrifício redentor de Jesus e formada pela ação contínua do Espírito Santo. Portanto, as promessas de Deus para a Igreja têm uma natureza profundamente espiritual, refletindo sua identidade e missão no mundo.

Quando Jesus declarou: "Edificarei a minha igreja" (Mateus 16:18), Ele não se referia a uma construção física ou a uma organização humana, mas a uma comunidade espiritual que transcende o tempo e o espaço, composta por todos aqueles que foram redimidos e chamados para ser parte do Seu corpo.

As promessas espirituais para a Igreja incluem, mas não se limitam a: a presença constante de Cristo ("eis que estou convosco todos os dias", Mateus 28:20); a liderança e orientação do Espírito Santo; a santificação progressiva dos crentes e; a vitória final sobre o mal. Essas promessas garantem que a Igreja será fortalecida, guiada e preservada até o fim dos tempos, independentemente das adversidades que venha enfrentar.

Além disso, por ser uma instituição espiritual, a Igreja é chamada a viver e operar em uma dimensão que vai além do natural. As promessas espirituais que lhe são conferidas permitem que ela manifeste a realidade do Reino de Deus aqui na Terra. Isso se expressa na sua capacidade de discernir as coisas espirituais, de ministrar cura e libertação, de proclamar a verdade com autoridade, e de viver uma vida de comunhão íntima com Deus. Essas promessas não apenas moldam a vida interna da Igreja, mas também a capacitam a cumprir sua missão de ser luz e sal no mundo, apontando para a realidade do Reino vindouro.

Portanto, a natureza das promessas de Deus para a Igreja reflete a sua essência espiritual. Essas promessas não são apenas confortos futuros, mas realidades presentes que transformam a vida dos crentes e fortalecem a Igreja para que ela cumpra o seu propósito divino no mundo.

II. AS PROMESSAS DE DEUS PARA A IGREJA

1. Promessa de vida eterna

“...quem crê no Filho tem a vida eterna [...]” (João 3:36).

A promessa da vida eterna é o coração pulsante do Evangelho e a maior das bênçãos concedidas por Deus àqueles que creem em Jesus Cristo. Esta promessa transcende a existência terrena e se estende para além do tempo, oferecendo ao crente a garantia de uma vida que nunca terá fim, vivida em plena comunhão com Deus. Jesus, em João 3:16, revela o propósito redentor de Deus ao declarar que "aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Este versículo, frequentemente descrito como o resumo do Evangelho, sublinha a profundidade do amor de Deus e a simplicidade da fé necessária para receber esta promessa.

A vida eterna não é apenas uma extensão infinita da vida como a conhecemos, mas uma qualidade de vida que começa no momento da conversão e continua em sua plenitude na eternidade. Jesus descreve essa vida como conhecer a Deus e a Si mesmo, o Filho enviado (João 17:3). É uma vida caracterizada por uma relação íntima e ininterrupta com Deus, onde a presença do pecado, da morte e do sofrimento são completamente abolidas.

O apóstolo João, em sua primeira carta, reforça essa promessa ao afirmar: "E esta é a promessa que ele mesmo nos fez: a vida eterna" (1 João 2:25). Para João, a vida eterna é uma certeza dada aos crentes, uma âncora para suas almas em meio às tempestades da vida. É a culminação do plano redentor de Deus, um dom imerecido que reflete a graça abundante do Criador.

Esta promessa também traz esperança e motivação para a Igreja enquanto ela caminha em um mundo marcado pela transitoriedade e pela morte. Saber que a vida eterna é garantida em Cristo muda a perspectiva do crente, oferecendo-lhe coragem para viver de maneira santa e dedicada ao serviço do Reino de Deus, mesmo diante das adversidades. Assim, a promessa da vida eterna não é apenas uma esperança futura, mas uma realidade presente que molda a vida e a fé da Igreja hoje.

2. Promessa de Poder

A promessa de poder é uma das dádivas mais extraordinárias concedidas por Deus à Sua Igreja, permitindo que os crentes sejam capacitados a realizar a obra de Cristo com eficácia e autoridade. Em Atos 1:5,8, Jesus promete aos Seus discípulos que, após Sua ascensão, eles seriam batizados com o Espírito Santo e receberiam poder para serem Suas testemunhas "até os confins da terra". Esta promessa não era apenas para os apóstolos, mas para todos os que pertencem ao Corpo de Cristo ao longo das eras.

O poder prometido em Atos não é uma força humana, mas uma capacitação divina que habilita os crentes a realizar feitos que vão além de suas capacidades naturais. Este poder é manifestado através dos dons espirituais, sinais e milagres que acompanham a pregação do Evangelho, confirmando a verdade da mensagem e glorificando a Deus. Como vemos no livro de Atos, o derramamento do Espírito Santo transformou homens comuns em instrumentos poderosos nas mãos de Deus, capacitando-os a curar os enfermos, expulsar demônios e até ressuscitar os mortos.

Essa promessa foi experimentada de forma palpável não apenas no Pentecostes (Atos 2), mas também em diversos momentos da história da Igreja, como nas experiências de Cornélio e seus familiares (Atos 10:44-46) e dos discípulos em Éfeso (Atos 19:6). Esses relatos mostram que o poder do Espírito não está limitado a uma época ou lugar, mas é uma realidade contínua para todos os crentes que buscam e se submetem à ação do Espírito Santo.

Além disso, ao longo da história da Igreja, o Batismo no Espírito Santo tem sido uma experiência viva para milhares de servos de Deus. Este batismo não é apenas uma experiência mística, mas uma dotação de poder para o serviço cristão, capacitando os crentes a enfrentar desafios, pregar o Evangelho com ousadia, e viver uma vida de vitória sobre o pecado. Os dons espirituais que acompanham essa promessa são ferramentas essenciais para a edificação do Corpo de Cristo e a expansão do Reino de Deus.

O mesmo Senhor que batizou os primeiros crentes em Atos continua a batizar hoje. Ele deseja que Sua Igreja, em todas as gerações, seja revestida com esse poder sobrenatural para que possa cumprir sua missão de ser luz em um mundo em trevas.

A promessa de poder não é apenas um evento histórico, mas uma realidade dinâmica e acessível a todos os que se rendem ao Espírito Santo, permitindo que Ele opere através de suas vidas para a glória de Deus.

3. A promessa da glorificação do nosso corpo

Eis que vou lhes revelar um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co.15:51,52).

A promessa da glorificação do corpo é uma das verdades mais sublimes e esperançosas do Evangelho, apontando para o clímax da redenção quando os crentes experimentarão a plenitude da salvação; é o estágio final de todo plano da nossa Salvação. O apóstolo Paulo descreve a sequência do plano de salvação e a glorificação é o último estágio - “E aos que predestinou, a esses também chamou; a aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm.8.30).

A glorificação acontecerá na volta de Cristo. Receberemos um corpo glorificado e Deus removerá de nós toda a raiz do pecado e nos colocará em um estado de perfeita comunhão com Ele. Em 1João 3:2, o apóstolo João expressa essa expectativa ao afirmar: "seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos". Este versículo encapsula a profunda transformação que ocorrerá, não apenas moral ou espiritual, mas física, em que os crentes receberão um corpo imortal e incorruptível.

Na glorificação nossa Santificação será completada. Paulo retrata em 1Coríntios 15:50-54 que nosso corpo atual, enraizado pelo pecado e a corrupção, não pode herdar o reino de Deus, por isso, Deus irá ressuscitar os mortos em Cristo e transformará os que tiverem vivos, com um corpo revestido de incorruptibilidade e de imortalidade.

Seremos livres da corrupção do pecado e da morte. Teremos um corpo espiritual, regenerado pelo Espírito Santo, livre do pecado e imortal, adaptado para vida eterna na Glória de Deus. Na nova Jerusalém viveremos eternamente com Deus e “nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap.22:3-5).

Em suma, a promessa da glorificação do corpo é o coroamento da salvação, onde a redenção será plenamente manifestada em nossos corpos, e veremos a Cristo face a face, conhecendo-O plenamente como somos conhecidos. Esta gloriosa transformação reflete o poder de Deus de restaurar todas as coisas, cumprindo Seu propósito eterno de fazer de nós, Seus filhos, participantes da natureza divina em sua totalidade.

III. CONDIÇÕES PARA VIVER AS PROMESSAS DE DEUS

1. É preciso crer

A fé é o fundamento essencial para experimentar as promessas de Deus em nossa vida. Sem fé, é impossível agradar a Deus e, consequentemente, viver o cumprimento das Suas promessas. As Escrituras nos ensinam que perseverar na fé é uma condição indispensável para ver a manifestação do que Deus prometeu. Jesus frequentemente destacou a importância da fé, dizendo: "Se creres, verás a glória de Deus" (João 11:40). A fé não é apenas um ato inicial de crença, mas uma postura contínua de confiança e dependência em Deus, especialmente em tempos de provação e espera.

Nos últimos dias, à medida que enfrentamos desafios e incertezas, a necessidade de renovar e fortalecer nossa fé nas promessas de Deus se torna ainda mais crucial. O apóstolo Paulo, em Efésios 6:10, exorta os crentes a se fortalecerem "no Senhor e na força do seu poder". Isso nos lembra que a nossa fé não deve estar baseada em nossas circunstâncias ou em nossas próprias forças, mas no caráter fiel e imutável de Deus. Quando colocamos nossa confiança nEle, somos capacitados a perseverar, mesmo quando as promessas parecem distantes ou impossíveis.

Crer nas promessas de Deus implica não apenas acreditar que Ele é capaz de cumpri-las, mas também confiar em Seu tempo e em Seus caminhos. A história bíblica está repleta de exemplos de homens e mulheres que, apesar das dificuldades e das longas esperas, mantiveram sua fé inabalável e, como resultado, viram as promessas de Deus se cumprirem em suas vidas. Abraão, por exemplo, é celebrado como "pai da fé" porque "esperou contra a esperança" e creu que Deus seria fiel em cumprir a promessa de lhe dar um filho, mesmo quando tudo parecia contrário (Romanos 4:18-21).

Além disso, a fé é fortalecida pela Palavra de Deus, que nos revela Suas promessas e nos lembra de Sua fidelidade. Portanto, para viver as promessas de Deus, é essencial nos alimentar regularmente das Escrituras, meditar em Suas promessas e permitir que a verdade de Deus firme nosso coração. A fé também se expressa em oração, em gratidão e em uma vida de obediência, confiando que Deus está trabalhando, mesmo quando não vemos os resultados imediatos.

Em resumo, crer é a chave que abre a porta para as promessas de Deus. É através da fé que nos posicionamos para receber tudo o que Ele tem para nós. Neste tempo, precisamos reanimar nossa fé, confiando plenamente no Senhor e fortalecendo-nos em Seu poder, certos de que Aquele que prometeu é fiel para cumprir.

2. É preciso ser fiel

"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2:10).

A fidelidade é uma qualidade essencial para aqueles que desejam viver as promessas de Deus. Crer é o primeiro passo, mas é a fidelidade que sustenta essa fé ao longo do tempo, especialmente em meio às provações e dificuldades.

Ser fiel significa permanecer firme em nossa aliança com Deus, cumprindo Seus mandamentos e confiando em Suas promessas, independentemente das circunstâncias adversas.

Os discípulos de Cristo são exemplos claros de fidelidade. Após receberem as instruções do Senhor em Atos 1:8, eles obedeceram, perseveraram em oração e aguardaram a promessa do derramamento do Espírito Santo, que se cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2:1). Essa fidelidade, demonstrada na espera e na obediência, foi recompensada com o poder do alto, que os capacitou a serem testemunhas eficazes de Cristo em todo o mundo.

A fidelidade também se manifesta em situações de grande adversidade, como vemos na vida de Jó e Daniel. Jó, mesmo enfrentando a perda de todos os seus bens, filhos e saúde, manteve-se fiel a Deus, reconhecendo a soberania divina com as palavras: "O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor" (Jó 1:21). Sua fidelidade foi recompensada com a restauração e bênçãos ainda maiores no final de sua prova. Da mesma forma, Daniel, apesar de enfrentar a ameaça mortal na cova dos leões, permaneceu fiel em sua devoção a Deus, orando três vezes ao dia como era seu costume (Daniel 6:9,10). Sua fidelidade não apenas o livrou da morte, mas também glorificou a Deus diante de uma nação inteira.

A fidelidade é um testemunho poderoso de nossa confiança em Deus e de nossa dedicação ao Seu propósito. Jesus, ao falar à igreja de Esmirna, exortou: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2:10). Esta exortação sublinha que a fidelidade pode exigir sacrifício, até mesmo a vida, mas que a recompensa para os fiéis é a vida eterna e a coroa da vitória.

Portanto, ser fiel a Deus é mais do que cumprir deveres religiosos, é uma demonstração constante de amor, confiança e lealdade, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. A fidelidade nos mantém conectados às promessas de Deus e nos prepara para receber Suas bênçãos em plenitude. Que possamos, como Jó, Daniel e os primeiros discípulos, nos apresentar diante de Deus com um coração fiel, sabendo que Ele é fiel para cumprir cada uma de Suas promessas.

3. É preciso obedecer a Deus

A obediência a Deus é uma condição fundamental para que Suas promessas se cumpram na vida de um indivíduo, de um povo, e da Sua Igreja. Desde o início, a Escritura enfatiza a importância de obedecer à vontade de Deus como o caminho para experimentar Suas bênçãos e promessas. A ordem de Jesus aos Seus discípulos antes de Sua ascensão foi clara e direta: "ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lucas 24:49). A obediência a essa instrução específica foi crucial para que os discípulos recebessem o poder do Espírito Santo, capacitando-os a cumprir a missão de testemunhar em todo o mundo.

A obediência, na perspectiva bíblica, não é apenas uma ação externa, mas uma expressão de um coração submisso à autoridade de Deus. No Antigo Testamento, o profeta Samuel destacou o valor da obediência ao confrontar o rei Saul: "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar" (1Samuel 15:22). Aqui, a obediência é contrastada com o sacrifício, indicando que Deus se agrada mais de um coração que se submete à Sua vontade do que de rituais ou ofertas que não refletem essa submissão. Para Deus, a obediência é uma demonstração de amor e lealdade, enquanto a desobediência revela uma falta de fé e de confiança em Seus propósitos.

A história do povo de Israel serve como uma advertência poderosa sobre as consequências da desobediência. Muitas vezes, a desobediência levou à perda de bênçãos, ao afastamento de Deus e a duras correções. Em contraste, quando Israel obedeceu à voz de Deus, como no caso da conquista de Jericó, experimentou vitórias milagrosas e a realização das promessas divinas.

No Novo Testamento, a obediência continua a ser um tema central para a vida cristã. Pedro, ao pregar em Atos 3:19, chama os ouvintes ao arrependimento e à volta à presença de Deus, um ato que exige obediência. Essa obediência não é apenas legalista, mas um retorno à comunhão com Deus, onde Suas promessas podem ser plenamente vividas. A obediência é, portanto, uma forma de alinhamento com a vontade de Deus, que abre o caminho para que Ele opere poderosamente em nossas vidas.

Para a Igreja, a obediência é também um testemunho ao mundo de que seguimos a Cristo em todas as coisas, não apenas em palavras, mas em ações. Ela demonstra que confiamos em Deus o suficiente para seguir Suas direções, mesmo quando não entendemos completamente ou quando elas nos desafiam.

Em resumo, a obediência a Deus é indispensável para viver Suas promessas. Assim como os primeiros discípulos obedeceram a Jesus e aguardaram em Jerusalém, resultando no derramamento do Espírito Santo, nós também devemos seguir fielmente as direções de Deus para experimentar o cumprimento de Suas promessas. Agora, mais do que nunca, é tempo de nos colocar na presença de Deus em santa obediência, certos de que Ele é fiel para cumprir tudo o que prometeu àqueles que O seguem com integridade e devoção.

CONCLUSÃO

Aprendemos nesta Lição:

-Primeiramente, que a promessa de sinais sobrenaturais é uma garantia de que Deus deseja manifestar o Seu poder e confirmar a Sua Palavra através da Igreja. Esses sinais não são apenas para maravilhar, mas para autenticar a mensagem do Evangelho e fortalecer a fé dos crentes.

-Em seguida, que a promessa de revestimento de poder, como descrito em Atos 1:8, nos mostra que o batismo no Espírito Santo é essencial para que a Igreja possa realizar sua missão com eficácia. Este poder capacita os crentes a serem testemunhas de Cristo em todas as partes do mundo, dotando-os de dons espirituais e ousadia para pregar e viver o Evangelho.

-Em seguida, que a promessa da glorificação do corpo aponta para o futuro glorioso que aguarda os redimidos. Em um momento de transformação completa, os crentes serão ressuscitados e receberão corpos glorificados, livres da corrupção e da mortalidade, refletindo a plena realização da salvação e a vitória definitiva sobre a morte.

Para viver plenamente essas promessas, três condições são essenciais: crer, ser fiel e obedecer. A fé é a base sobre a qual todas as promessas de Deus se manifestam, sendo o primeiro passo para experimentar as Suas bênçãos. A fidelidade nos mantém firmes em nossa caminhada com Deus, mesmo diante das adversidades, enquanto a obediência assegura que estamos alinhados com a Sua vontade e prontos para receber e viver o cumprimento das Suas promessas.

Portanto, a Igreja deve se manter firme na fé, obedecer às instruções divinas e permanecer fiel, confiando que Deus cumprirá cada uma de Suas promessas. À medida que nos fortalecemos no Senhor e em Sua força, vivemos a realidade das promessas divinas e testemunhamos o poder e a glória de Deus em nossas vidas e na comunidade de fé. As promessas de Deus para a Igreja são um convite para uma vida de plenitude, poder e esperança, à medida que aguardamos a manifestação completa de Sua obra redentora e gloriosa.

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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Bíblia de Estudo – Palavras Chave – Hebraico e Grego. CPAD

William Macdonald. Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo Testamento).

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. CPAD.

Comentário Bíblico Beacon. CPAD.

Dicionário VINE.CPAD.

O Novo Dicionário da Bíblia. VIDA NOVA.

Lawrence O. Richards. Guia do Leitor da Bíblia. CPAD.

Norman Geisler. Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. Editora Mundo Cristão.

Pr. Hernandes Dias Lopes. 1 e 2 João, como ter garantia da salvação. HAGNOS.

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