sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aula 05 - O PODER DA INTERCESSÃO

Leitura Bíblica: Jeremias 14:1-3,7,8,10; 17-22; 15:1.
A ser ministrada em: 02 de maio de 2010

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens”(1Tm 2:1)

INTRODUÇÃO
Nesta aula estudaremos a respeito da intercessão do profeta Jeremias em favor de Judá(14:19-22). Em sua intercessão, ele perguntou a Deus se o arrependimento de Judá impediria o castigo. Jeremias sabia que somente a intercessão poderia remover a dureza dos corações, fazendo com que deixassem o pecado. Por isso, dia e noite, ele suplicava por seu povo e não se mostrava indiferente à sorte da sua nação.
Quando intercedemos, oramos a Deus pelas pessoas que nos cercam ou por aquelas que necessitam de oração sem que estejam dentro do nosso círculo de amizades ou convívio. Orar de forma intercessória indica que entramos na presença de Deus para suplicar por outras pessoas, e que naquele momento não somos o alvo de nossas próprias orações. Jesus, antes de ser levado para cruz, orou intercedendo por seus discípulos e por todos os que ainda ouviriam sua mensagem, dando-nos o exemplo sobre este tipo de oração e a sua continuidade em nossos dias. Todo crente é chamado a interceder. É um imperativo; quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer: "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens " (1 Tm. 2:1).
A intercessão não é um ministério específico; não é um privilégio limitado apenas a uma elite cristã exclusiva; a Bíblia deixa bem claro que todos os cristãos são chamados para serem intercessores (1Tim 2:1). Todos os cristãos têm o Espírito Santo em seus corações (1Co 12:13) e, da mesma forma como Ele intercede por nós de acordo com a vontade de Deus (Rm 8:26-27), devemos interceder uns pelos outros. Na verdade, não oferecer oração intercessória a favor de outras pessoas é pecado. O profeta Samuel reconhecia isso: “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós...” (1Sm 12:23).
I. O QUE É A INTERCESSÃO
Um dos mais desafiadores ensinos no Novo Testamento é o sacerdócio universal de todos os cristãos. Como sacerdotes, designados e ungidos por Deus, temos a honra de comparecer perante o Altíssimo em favor de outrem. E isto não é opcional; é uma sagrada obrigação – e um precioso privilégio – de todos os que tomam o jugo de Cristo. Por isso, um dos melhores conselhos bíblicos é expresso em apenas três palavras: “Orai sem cessar” (1Tess. 5:17).
1. Definição. Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg. 5:16).
Pode-se definir intercessão como a oração contrita e reverente cheia de fé e perseverante com que alguém suplica a Deus em nome de outra pessoa ou outras que extremamente tem necessidade da intervenção de Deus.
É conhecida também como oração sacerdotal, pois, neste ato, estamos representando, diante de Deus, as petições em prol de uma terceira pessoa. A Bíblia está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação(1Sm 12:23); Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro(Dm 9:3); Davi suplicou pelo povo; intercedeu pelo seu filho(ler 2Sm 12:14-23); Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; A Igreja orou por Pedro preso; Paulo é exemplo de constante intercessão(Cl 1:9-11).
Jesus é o nosso intercessor modelo. Enquanto estava aqui na Terra Ele orou por aqueles que estavam enfermos e possuídos por demônios. Ele orou por seus discípulos. Ele até mesmo orou por você quando intercedeu por todos aqueles que creriam nEle. Jesus continuou seu ministério de intercessão depois de sua morte e ressurreição quando Ele retornou ao Céu. Ele serve agora como nosso intercessor no Céu: 1Tm 2:5; Rm 8:34; Hb 7:25.
A base Bíblica da Intercessão
A base bíblica para a oração intercessória no Novo Testamento é nosso chamado como sacerdotes de Deus. A Palavra de Deus declara que nós somos um sacerdócio santo(1Pe 2:5), um sacerdócio real(1Pe 2:9), um reino de sacerdotes(Ap 1:5).
O pano de fundo para entender esse chamado à intercessão sacerdotal se encontra em o exemplo do sacerdócio levitico do Antigo Testamento. A responsabilidade do sacerdote era estar de pé “perante” e “entre”. “Ele estava de pé” perante Deus para ministrar a Ele com sacrifícios e ofertas. “Ele estava de pé” entre o Deus justo e o homem pecador reunindo-os no lugar do sacrifício de sangue.
Como crentes do Novo Testamento nós não sacrificamos os animais como no Antigo Testamento. Nós estamos de pé perante o Senhor para oferecer os sacrifícios espirituais de louvor(Hb 13:15; Sl 50:23), e o sacrifício de nossas próprias vidas(Rm 12:1). É sobre a base desta relação intima com Deus que nós podemos permanecer “entre” Ele e os outros, servindo como um intercessor em seu nome.
2. A eficácia da oração intercessória. Não há oração tão eficaz quanto a intercessória. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes. Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar; Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo - “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9:38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo atrapalhar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.
A intercessão da Igreja é poderosa (Tg.5:16), e Deus se agrada da ação intercessória da Igreja (1Tm.2:3), de modo que, quando a Igreja intercede, põe Deus em ação, em movimento (Esdras 8:23; At 4:31).
Através da intercessão eficaz, nós podemos entrar no mundo espiritual em qualquer parte. Nossas orações não têm nenhuma limitação de distância, pois elas podem penetrar as nações não alcançadas e podem cruzar as barreiras geográficas, culturais e políticas. Nós podemos afetar o destino de indivíduos e nações inteiras. Nós realmente podemos salvar as vidas e almas de homens e mulheres, rapazes e moças, e estender o Evangelho do reino de Deus ao redor do mundo enquanto nós intercedemos em oração.
É válido salientar que a oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus - “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14;). Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani - Mt 26.42).
Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6:33). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3:22). Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33:17).
II. JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ
Jeremias não se limitou a oráculos condenatórios contra o seu povo, atraindo antipatias e ódios de morte. O profeta amava o seu povo, e sofria por primeiro, quando se via obrigado a anunciar acontecimentos desagradáveis. E intercedia pelo seu povo, como nos revela o texto de Jr 14:17-22.
Depois de descrever a situação deplorável do país, ferido de morte(14:17ss.), Jeremias faz uma oração intercessória pelo povo diante de Deus. Apela para a Aliança, em virtude da qual Deus não pode se esquecer de Israel. Recorda a promessa de salvação e de paz, que não existem (14:19), e interpela o Senhor a não faltar à sua Aliança, a não abandonar o seu povo. Jeremias suplica, confiando na fidelidade de Deus e no seu modo de atuar, que não pode ser contrário à sua essência, que é amor, misericórdia, compaixão (cf. Jer 14: 21). O profeta confia em Deus e confia-Lhe o seu povo, cuja sorte lamenta extremamente.
1. A intercessão (Jr 14:17-22). Mesmo sabendo que os filhos de Judá achavam-se afastados de Deus e mergulhados numa apostasia crônica, Jeremias intercede por eles. Ele nos dá exemplo de oração intercessória em tempo de calamidade. Trata-se uma oração angustiada, não motivada por qualquer sofrimento pessoal, mas pela compaixão, pelo sofrimento do seu povo: “Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia e não cessem porque a virgem, filha do meu povo, está ferida de grande ferida, de chaga mui dolorosa”(v. 17). A “filha do meu povo” é Jerusalém, mergulhada em grande sofrimento por causa de uma seca prolongada, que provoca uma onda de crimes, de banditismo: “Se eu saio ao campo, eis aqui os mortos à espada; e, se entro na cidade, estão ali os debilitados pela fome; e até os profetas e os sacerdotes correram em redor da terra e não sabem nada”(v. 18).
Jeremias sente que, no meio da desgraça, pode fazer alguma coisa: compadecer-se, sofrer com os outros, interceder por eles. E sofre e ora com o seu povo, pelo seu povo. Começa por interrogar a Deus, de modo insistente e atrevido: “De todo rejeitaste tu a Judá? Ou aborrece a tua alma a Sião? Por que nos feriste, e não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não aparece o bem; e o tempo da cura, e eis aqui turbação” (v. 19).
Depois, sabendo que as calamidades têm sempre origem na infidelidade aos Mandamentos de Deus, na injustiça, e no desprezo das outras pessoas, confessa os pecados do seu povo, e responsabiliza-se por eles: “Ah! Senhor! Conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti” (v. 20).
Finalmente, apela para a generosidade de Deus: “Não nos rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te e não anules o teu concerto conosco” (v. 21).
Em qualquer circunstância, mesmo no pior pecado, em vez de nos abandonarmos ao desespero, há que renovar a confiança no coração misericordioso de Deus, e suplicar Àquele que pode trazer remédio às piores situações. É isso que faz o profeta: “Portanto, em ti esperaremos, pois tu fazes todas estas coisas” (v. 22).
Pergunta o pr. Claudionor de Andrade: Tem você intercedido pelos maus? Ou limita-se a orar somente pelos bons? Tem implorado por seus desafetos? Nossa obrigação é interceder por todos, porque Jesus incessantemente intercede por nós.
2. Deus rejeita a intercessão de Jeremias. Apesar da forte confissão de fé que Jeremias faz, Deus rejeita sua intercessão com uma determinação que não permite qualquer repetição. Deus deu uma ordem inusitada a Jeremias: “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei”(Jr 7:16). A impressão que temos é a de que Deus queria julgar seu povo, e que não desejaria salva-lo. Em outra ocasião, Deus torna a repetir essa ordem a Jeremias: “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim, por causa do seu mal”(Jr 11:14). Nesta passagem, fica mais claro o motivo pelo qual Deus rejeitaria a oração intercessória de Jeremias: o mal do povo de Israel. Uma terceira vez Deus diz a Jeremias: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam”(Jr 15:1).
Nota-se que o povo é rejeitado de uma vez por todas. O povo não havia se arrependido como ocorreu com Israel nos dias de Moisés e Samuel; consequentemente, não havia esperança. Agora, só uma correção dura e exemplar ao povo de Israel era cabível. Quando disserem: “Para onde iremos?”(Jr 15:2), o profeta é instruído a responder: “Os que são para a morte, para morte; e os que são para a espada, para a espada; e os que são para a fome, para a fome; e os que são para o cativeiro, para o cativeiro”. Nota-se que eles sofreram quatro tipos de castigos.
Também foram usados quatro instrumentos na sua destruição: “a espada, para matar [...] cães, para os arrastarem [...] aves [...] e os animais para os devorarem e destruírem”(Jr 15:3). Além disso, Judá será entregue ao desterro (Jr 15:4).
O motivo de tudo isso é que a nação nunca se recuperou do reinado perverso de Manasses (2Rs 21:1-26; 24:3-4). A idolatria que ele introduziu continuava sendo praticada pelo povo nos dias de Jeremias(cf Jr 44:1-30).
3. A persistência da intercessão de Jeremias. Diante da recusa divina em atender a oração de Jeremias, seu ministério intercessório parece ter sido um fracasso. Mas quando lemos os derradeiros capítulos de sua profecia, constatamos que, apesar daquele quadro tão desolador, achava-se o Senhor inclinado a socorrer o seu povo e a restaurar-lhe a sorte em tempo oportuno.
É bom ressaltar que o caso ocorrido com Israel na época de Jeremias é um caso específico, ”e de forma alguma Deus deseja que deixemos de orar uns pelos outros. Deus ainda procura pessoas como Jeremias, dispostas a falar sua Palavra e orar por aqueles que necessitam. Nos capítulos 14 a 16 de João, encontramos 5 vezes Jesus nos desafiando a orar e receber respostas de nossas orações (João 14:13-14; 15:7; 16:23-24). Será que Jesus seria tão enfático em suas palavras se Deus não tivesse realmente interesse em nos responder? É a vontade de Deus que oremos sempre, em qualquer situação, e que tenhamos respostas para nossas orações”(Ensinador Cristão).
III. POR QUE DEVEMOS INTERCEDER
A intercessão é evidentemente importante devido à ênfase que Jesus colocou sobre ela em seu próprio ministério terreno. Sua importância também se revela no registro bíblico que está cheio de histórias de homens e mulheres que experimentaram resultados poderosos através da intercessão eficaz.
1. É uma recomendação bíblica. Explícita ou implicitamente, somos instados, do primeiro ao último livro das Sagradas Escrituras, a interceder. No Antigo Testamento, uma das principais incumbências dos sacerdotes era o uso do incenso (Ex.30:1-10; Lv.16:12,13), símbolo das orações dos santos (Ap.5:8; 8:3,4). A Igreja é convocada para orar por nós mesmos (Mt.24:20; 26:41; Mc.13:18,33; Lc.22:40), uns pelos outros (Tg.5:16; Cl 1:3), pela paz em Jerusalém (Sl.122:6), pelos inimigos da Igreja (Mt.5:44; Lc.6:28), pelos ministros do Evangelho e pela obra do Senhor (Ef.6:19; 1Ts.5:25; Hb.13:18), como também pelas autoridades constituídas (1Tm.2:2), como por todos os homens (1Tm.2:1).
Hb 7:11-19 explica a diferença entre o ministério dos sacerdotes do antigo Testamento e do Novo. No Antigo Testamento, o sacerdócio levítico era passado adiante de geração a geração através dos descendentes da tribo de Levi. O “sacerdócio de Melquisedeque” falado nesta passagem é a “nova ordem” de sacerdotes espirituais de quem o Senhor Jesus é o Sumo Sacerdote. É passado até nós através de seu sangue e nosso nascimento espiritual como novas criaturas em Cristo.
2. É uma demonstração do amor cristão. A oração intercessória é puramente uma demonstração de amor, porque é desinteressada; ela se concentra nos outros. É através da oração intercessória que demonstramos amor e altruísmo; provamos que o bem-estar do semelhante está acima do nosso. Moisés, por exemplo, chegou a abdicar de sua bem-aventurança eterna ao interceder pelos filhos de Israel: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito" (Êx 32:32). Esta sua intercessão foi tão forte, que levou Deus a poupar os rebelados israelitas. O patriarca Jó livrou-se de seu cativeiro quando intercedia por seus amigos (Jó 42:7-12).
Nos dias pelos quais passamos, em que muitos se têm deixado contaminar pelo amor de si mesmo (2Tm.3:1,2), poucos são os que se dedicam à tarefa intercessória nas igrejas locais. Há, na verdade, uma verdadeira banalização a respeito dos “pedidos de oração” que, em muitos lugares, nem sequer são lidos e que, uma vez apresentados à igreja, são imediatamente “jogados fora”, em cestos de lixo providencialmente colocados nos púlpitos. Não há acompanhamento dos pedidos de oração, não há envolvimento da igreja local no clamor ao Senhor.
Diz a Bíblia, também, que é sinal dos que crêem a imposição de mãos sobre os enfermos para que haja cura divina (Mc.16:18), atitude que está cada vez mais em desuso e que era tão comum nas igrejas pentecostais em suas origens. É preciso haver um “atendimento personalizado” para cada necessidade, é preciso que haja uma intercessão pessoal, firmada pelo companheirismo e até pelo contato físico, pois assim determinam as Escrituras. Em vez disto, porém, o que se tem visto são inovações sem qualquer respaldo bíblico como a “unção de objetos” e até mesmo dos “pedidos de oração”, quando não “sessões de descarrego”, “banhos de sabonete com extrato de arruda” e outras atitudes que nada mais são que pura feitiçaria inserida indevidamente nos cultos das igrejas locais.
3. É um exercício de piedade. O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor. O intercessor conhece o Senhor pela oração e pela Escritura e é aí que está o segredo dessa intimidade entre ele e Deus; intimidade esta que faz com que todos os pedidos dos intercessores atinjam o coração de Deus, pois são feitos por meio de Cristo Jesus para glória de Deus Pai.
No exercício da oração intercessória, como cristãos piedosos da fé em Cristo, devemos esquecer de nós e de nossos problemas, e nos dispor a interceder pela Igreja, pelos que ainda não são Igreja e pelos que a Igreja hão de alcançar. Ajamos assim, e teremos mais resposta dos céus e menos orações frustradas.
CONCLUSÃO
Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em nossa vida. Deus nada faz na terra, a não ser por meio da intercessão. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que perdemos a oportunidade de criar alguma coisa no mundo espiritual, com conseqüências no mundo natural, sendo que esta oportunidade não mais voltará.
Muitas crises surgem em nossas vidas por falta de oração. Muitas vezes o Espírito nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas não queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos, desastres acontecem na vida de outros, almas vão para o inferno e angústias, que poderiam ter sido evitadas pela oração, dilaceram muitas almas.
Somos chamados a interceder! Não responder a esse chamado do Trono é estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do povo para que clamasse a seu favor, para que não morressem por causa dos seus próprios pecados, fez uma tremenda declaração que deveria ser um desafio para nós também: "E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vós" (1 Sm 12:23).
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembléia de Deus – Ministério Bela Vista. E-Mail: luloure@yahoo.com.br. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
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Fonte de Pesquisa: Bíblia de Estudo-Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Pentecostal. O novo dicionário da Bíblia. Revista o Ensinador Cristão. Guia do leitor da Bíblia – Jeremias. A Teologia do Antigo Testamento – Roy B.Zuck. Comentário Bíblico Beacon – CPAD - volume 4.

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