1º
Trimestre/2018
Texto
Base: Hebreus 6:1-15
"Para
que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e
paciência, herdam as promessas" (Hb.6:12).
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo da Epístola aos
Hebreus, estudaremos nesta Aula o capítulo 6. Trataremos da “Perseverança e fé
em tempo de apostasia”. Perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que
tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades; é
continuar fazendo o bem, independentemente das circunstâncias, por amor a Deus.
Os cristãos destinatários da Epístola davam sinais de cansaço, indolência,
negligência e imaturidade espiritual, o que poderia trazer como consequência o
esfriamento e o fracasso na fé. Seria uma desgraça para aqueles cristãos, se
eles não demovessem da ideia de se apostatar da fé. A apostasia é retratada
pelo autor como algo real e não apenas como um perigo hipotético, por isso, ele
exorta que para se evitar esse mal, de consequências deletérias e permanentes
no âmbito espiritual, é necessário perseverança, fé e confiança nas promessas
de Deus. À luz de Hebreus, neste tempo de apostasia, somos chamados a
perseverar na comunhão com Cristo e a viver em fé na esperança renovada de que
um dia estaremos para sempre com o Senhor. Seguir Jesus nem sempre é fácil, mas
se perseverarmos receberemos a recompensa de Deus.
I. A NECESSIDADE DO
CRESCIMENTO ESPIRITUAL
Depois de admoestar os cristãos destinatários pela
espiritualidade infantil que demonstravam, o autor da Epístola alerta a esses
cristãos que não cederia à imaturidade deles, provendo-os somente com “leite”,
porque apresentar as doutrinas básicas sob uma nova forma não os ajudaria a
resistir à tentação de se desviar de Cristo. Eles deviam ganhar um entendimento
mais profundo, movendo-se para além dos princípios elementares da doutrina de Cristo,
literalmente “a palavra de início da doutrina de Cristo” ou “a palavra inicial
da doutrina de Cristo”. Concordo com William Macdonald que isso se refere às
doutrinas básicas da religião ensinadas no Antigo Testamento e destinadas a
preparar Israel para a vinda do Messias. Essas doutrinas estão listadas na última
parte de Hb.6:1 e em Hb.6:2. Segundo Macdonald, elas não são as doutrinas fundamentais
do cristianismo, mas os ensinos de natureza elementar que formavam a base para
a construção posterior. Elas não completavam o Cristo ressurreto e glorificado.
A exortação é para deixar esses princípios básicos, não no sentido de
abandoná-los como inúteis, mas de avançar deles para a maturidade. Como
consequência, o período do judaísmo foi um período de infância espiritual. O
cristianismo representa a fase adulta.
Estabelecido o fundamento, o próximo passo é
construir sobre ele. O fundamento doutrinário foi assentado no Antigo
Testamento e inclui os seis ensinamentos básicos listados, a saber: “o
arrependimento de obras que estão mortas; a fé em Deus; o ensino sobre os
batismos; o ritual de imposição de mãos; o ritual de imposição de mãos; a ressurreição
dos mortos e; o Juízo eterno”. Eles constituem o ponto de partida. As grandes
verdades do Antigo Testamento quanto a Cristo, sua pessoa e obra representam o ministério
da maturidade. Veja, a seguir, como William Macdonald analisa estes elementos básicos,
exarados em Hb.6:1,2.
1. O arrependimento de obras que estão mortas. Essa doutrina foi constantemente pregada
pelos profetas, assim como pelo precursor de Jesus, João Batista. Todos eles
clamaram ao povo a deixar suas obras, que estavam mortas no sentido de que eram
destituídas de fé. Obras mortas podem se referir às obras que incialmente eram
corretas, mas que agora são mortas desde a vinda de Cristo. Todos os serviços
relacionados à adoração no templo, por exemplo, tornaram-se obsoletos com a Obra
de Cristo concluída.
2. A fé em Deus. Este
ensino se trata de uma ênfase do Antigo Testamento. No Novo Testamento, Cristo
é quase invariavelmente apresentado como o Objeto da fé. Não que isso substitua
a fé em Deus; mas a fé em Deus que deixa Cristo fora tornou-se inadequada.
3. O ensino sobre os batismos. Esse ensino não se refere ao batismo cristão, mas à
cerimônia de lavagens, que era uma figura de destaque na vida religiosa dos
sacerdotes e do povo de Israel.
4. O ritual de imposição de mãos. Esse ritual é descrito em Levítico 1:4; 3:2; 16:21.
O ofertante, ou o sacerdote, impunha as mãos sobre a cabeça de um animal como
ato de identificação. Simbolicamente, o animal levava os pecados do povo que
estavam associados a ele. Essa cerimônia simbolizava expiação vicária. Não
acreditamos que haja neste ponto alguma referencia à imposição de mãos como
praticada pelos apóstolos e outros servos de Deus na igreja primitiva (Atos
8:17; 13:3; 19:6).
5. A ressurreição dos mortos. Essa doutrina, no Antigo Testamento, é ensinada em
Jó 19:25-27, Daniel 12:2, Salmos 17:15 e deduzida em Isaías 53:10-12. O que se
vê indistintamente no Antigo Testamento é revelado de modo claro no Novo
Testamento (cf. 2Tm.1:10; 1Tes.4:16).
6. Juízo eterno. Essa
doutrina pode ser vista em Salmos 9:17, Daniel 7:9,10 e Isaías 66:24. No Novo
Testamento, o Juízo eterno é revelado em Apocalipse 20:11-15; este é o chamado “Julgamento Final” ou “Juízo Final” ou,
ainda, o “Juízo do Trono Branco”, que terá lugar depois do término do reino
milenial de Cristo.
Estes
princípios eram ensinados no judaísmo e eram preparatórios para a vinda de
Cristo. Os cristãos não deveriam satisfazer-se com isso, mas avançar para a
revelação mais completa que tinham agora em Cristo. Os cristãos destinatários
são incitados a passar da sombra para a substância, do tipo para o antítipo, da
casca para a semente, das formas mortas da religião de seus ancestrais para as
vivas realidades de Cristo.
II. A NECESSIDADE DA
VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
“Porque
é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de Deus e o expõem ao vitupério” (Hb.6:4-6).
1. Apostasia, uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado. Apostasia deriva-se
da expressão grega “apostásis”, que
significa afastamento. Para o cristão, apostasia significa abandonar a fé
cristã de forma consciente e deliberada. Então, para que haja apostasia é
necessário que a pessoa tenha experimentado o novo nascimento, e de forma
consciente e deliberada, abandona a fé e passa a negar toda verdade por ela
experimentada. Ninguém pode
abandonar aquilo que nunca teve. Crente salvo pode cometer apostasia; crente
não salvo, não pode, pois ele não pode abandonar o que nunca teve.
Os cristãos hebreus foram iluminados através
da revelação de Deus em Cristo (Hb.6:4); experimentaram o dom celestial, o
Espírito Santo, e a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro
(Hb.6:4,5); o evangelho de Cristo foi pregado entre eles com toda manifestação
de poder e milagres. Para essas pessoas, caso se desviassem, seria impossível
serem renovadas outra vez para arrependimento, uma vez que deliberadamente
rejeitariam a Cristo, declarando que a sua crucificação não possuía mais o
sentido que antes lhe atribuíam. O escritor aos Hebreus sentiu bem de perto o
perigo que aqueles crentes nessas circunstâncias enfrentavam, por isso os
advertiu.
Quando o cristão estaciona na fé e não se
aprofunda no conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por
ventos de doutrinas (Ef.4:14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por
não se arrepender.
2. Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a Palavra e o
Espírito. Diz
o autor da Epístola: “Porque é impossível que os que já uma vez foram
iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa palavra de Deus...” (Hb.6:4,5). Aqui, o autor afirma
que a possibilidade de decair da graça é posta para aqueles que “uma vez foram
iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa palavra de Deus" (Hb.6:4,5). Segundo o autor, para
essas pessoas é impossível renovar para o arrependimento (Hb.6:6).
-
Uma vez essas pessoas tinham sido iluminadas. Tinham ouvido o evangelho da graça de Deus. Não
estavam na escuridão no que diz respeito ao caminho da salvação. Judas
Iscariotes tinha sido iluminado, mas rejeitou a luz.
-
Essas pessoas provaram o dom celestial. O Senhor Jesus é o dom celestial. Essas pessoas o
tinham provado, mas nunca o receberam por um ato de fé definitivo. É possível
provar sem comer e beber. Quando os soldados ofereceram a Jesus crucificado
vinho misturado com fel, ele provou, mas não bebeu (Mt.27:34). Não é o
suficiente provar Cristo se não “comermos a carne do Filho do Homem e bebermos
o seu sangue”; ou seja, não temos vida em nós mesmos, a menos que verdadeiramente
o recebamos como Senhor e Salvador (João 6:53).
-
Essas pessoas tinham se tornado participantes do Espírito Santo. Os crentes tornam-se participantes da
vocação celestial (Hb.3:1); participantes de Cristo (Hb.3:14) e, dessa forma,
participantes do Espírito Santo (Hb.6:4). Somente os nascidos de novo
participam do Espírito Santo (João 14:17). Portanto, trata-se de uma
advertência para os salvos.
-
Essas pessoas tinham provado a boa Palavra de Deus (Hb.6:5). Quando ouviram a pregação do evangelho, elas foram
atraídas por ela. Eram como a semente que caiu sobre o solo rochoso: ouviram a
Palavra e imediatamente a receberam com alegria, mas não tinham raiz. Elas
perseveraram por um tempo, mas, quando surgiu a tribulação ou perseguição por
causa da Palavra, essas pessoas prontamente a abandonaram (Mt.13:20,21).
3. Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas do Reino. Esses crentes, aos quais o autor se referia,
também experimentaram “e provaram...as virtudes do século futuro” (Hb.6:5). Na
Bíblia Almeida Revista e Atualizada está escrito que esses crentes tinham
provado “os poderes do mundo vindouro”. “Poderes” aqui significa “milagres”. O
mundo vindouro é o período do milênio, a futura era de paz e prosperidade
quando Cristo reinará sobre a Terra por mil anos. Os milagres que acompanharam
a pregação do evangelho na primeira fase da Igreja (Hb.2:4) foram uma
antecipação dos sinais e das maravilhas que acontecerão no Reino de Cristo.
Esses crentes tinham testemunhado esses milagres no século I; devem ter
participados deles de fato. Veja, por exemplo, os milagres dos pães e dos
peixes. Depois de Jesus ter alimentado milhares de pessoas, o povo o seguia
para o outro lado do mar. O Salvador percebeu que, embora tivessem provado um
milagre, eles realmente não acreditavam nele. Ele lhes disse: “Em verdade, em
verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes os sinais, mas porque
comestes dos pães e vos fartastes” (João6:26). Quem despreza a graça de Deus,
não se torna um "cidadão real" do Reino de nosso Jesus Cristo.
Portanto, para aquelas pessoas que caíram
depois de desfrutar os privilégios enumerados em Hb.6:4,5, é impossível outra
vez renová-los para arrependimento. Eles cometeram o pecado da apostasia. Não é
porque Jesus não sinta o desejo de salvá-los, mas porque suas mentes estão cauterizadas
de tal maneira que não mais sentirão nenhum desejo de se arrepender dos seus
pecados e seguir a Cristo. Na verdade, essas pessoas de novo crucificaram o
Filho de Deus e o expuseram ao vitupério (cf. Hb.6:6). Essas pessoas mostraram
desprezo por Cristo através de suas ações deliberadas. Seria como crucificar
pessoalmente a Cristo outra vez. Essas pessoas nunca poderão ser restauradas
porque elas não desejarão ser restauradas. Elas escolheram endurecer seus corações
contra Cristo. Não é impossível que Deus as perdoe; antes, é impossível que
sejam perdoadas, porque não se arrependerão de seus pecados; “Elas alcançaram o
lugar onde as luzes se apagam no caminho para o inferno” (William Macdonald).
Portanto, para os cristãos hebreus, e também
para os cristãos da atualidade, Hebreus 6:4-6 revela o perigo de abandonar de
forma deliberada e consciente a fé em Cristo Jesus e, dessa maneira, cometer a
apostasia. Aqueles que rejeitarem a Cristo não serão salvos - “Quem crer...será
salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc.16:16). Cristo morreu uma vez por
todos aqueles que creem. Ele não será crucificado outra vez.
III. A NECESSIDADE DE
CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS
1. O serviço cristão e a
justiça de Deus. Após
o autor argumentar fortemente que não se pode brincar com a fé, agora ele vê a
necessidade de consolar os cristãos depois desse "tratamento de
choque" (Hb.6:9,10).
“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas
melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos. Porque
Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade
que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda
servis”.
- “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas
melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”. As duras advertências são agora equilibradas
com uma nota consoladora. O autor garante aos cristãos destinatários que as
terríveis advertências de tragédia e perda espiritual não serão, felizmente, decretadas
contra os crentes hebreus. Todavia, eles deveriam avançar em sua fé cristã.
Eles não podiam ser preguiçosos, mas agora deveriam prosseguir. A frase “de vós, ó amados, esperamos coisas melhores
e coisas que acompanham a salvação” refere-se à nova Aliança, em comparação
à Antiga. As “coisas melhores” estão
na nova Aliança, através de Jesus Cristo. Não haveria motivo para voltar às
“coisas antigas” do judaísmo que não poderiam trazer a salvação.
- “Porque Deus não é injusto para se esquecer
da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes,
enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb.6:10). Aqui, o autor argumenta que, embora o crente
possa não receber um galardão e aplausos imediatamente neste mundo, Deus
conhece os esforços que são feitos por amor e no trabalho de Deus; Ele não se
esquecerá do trabalho árduo que cada crente faz por Ele e para Ele. Aos crentes
fiéis no serviço de Deus, em sua justiça, Ele os recompensará; mesmo não
recebendo o reconhecimento dos homens, teremos o reconhecimento de Deus. Um
exemplo de trabalho árduo, que os cristãos hebreus realizavam, era o cuidado deles
por outros cristãos. O que os crentes fazem por outros é feito para Deus (cf.
Mt.25:35; Rm.12:6-18; 1João 4:19-21). As boas obras não garantem a salvação,
mas a salvação muda a vida do povo de Deus, levando-o a fazer boas obras.
2. A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus. Após encorajar os destinatários a imitarem
outras pessoas fiéis, o autor ofereceu um exemplo do Antigo Testamento que
valeria a pena imitar por causa da fé e da paciência: Abraão. Os cristãos
podiam confiar nas promessas de Deus porque Abraão confiou e foi recompensado.
“Mas
desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa
certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais
imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas. Porque, quando
Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse,
jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e,
multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a
promessa” (Hb.6:11-15).
Deus havia feito uma promessa a Abraão, que
está registrada em Gênesis 22:17: “Certamente, abençoando, te abençoarei e,
multiplicando, te multiplicarei”. Não era realmente necessário para Deus jurar
que Ele manteria a sua promessa, porque Deus não pode mentir ou quebrar a sua
Palavra. No entanto, Deus fez a promessa, jurando pelo maior padrão e com a
maior responsabilidade possível – “jurou por si mesmo”. Abraão não poderia ter recebido
uma garantia maior do que esta. Abraão esperou “com paciência” a promessa, e
esta paciência foi recompensada. A espera paciente de Abraão durou vinte e
cinco anos – da época em que Deus lhe prometeu um filho (Gn.17:16) até o
nascimento de Isaque (Gn.21:1-3).
Pelo fato de as nossas aflições e tentações
serem frequentemente muito intensas, elas parecem durar uma eternidade. Tanto a
Bíblia Sagrada quanto o testemunho de cristãos maduros nos encorajam a esperar
que Deus aja em seu tempo certo, mesmo quando as nossas necessidades parecem grandes
demais para que possamos esperar. Toda promessa de Deus tem a garantia de
cumprimento, como se ela já tivesse se realizado; assim sendo, podemos confiar em
Deus.
3. Cristo, sacerdote e precursor do crente. “À qual temos como âncora da alma segura e
firme e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou
por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”
(Hb.6:19,20).
A confiança nas promessas de Deus não só nos
mantém seguros, mas nos conduz através da cortina do Céu, levando-nos ao
interior do “véu” de Deus. O interior do “véu” refere-se ao Santo dos Santos,
no Templo judeu. Uma cortina era posta na entrada desse ambiente, impedindo que
alguém entrasse, ou até mesmo que tivesse um rápido vislumbre do interior do
Santo dos Santos, onde Deus residia entre o seu povo. O sumo sacerdote podia
entrar ali apenas uma vez por ano (no Dia da Expiação), para ficar diante da
presença de Deus e expiar os pecados de toda a nação. Mas Jesus já entrou ali
em nosso favor, como nosso precursor, abrindo o caminho para a presença de Deus
através de sua morte na cruz. A sua morte rasgou a cortina em duas partes
(Mc.15:38), permitindo que os crentes entrem diretamente na presença de Deus.
Aquilo que somente o sumo sacerdote podia
fazer anteriormente, Cristo fez e permite que nós façamos também. Deste modo, a
obra sumo sacerdotal de Cristo foi diferente da obra de qualquer outro
sacerdote. Os outros sacerdotes tomavam os sacríficos dos outros e os
representavam na presença de Deus. Agora, através de Cristo, podemos nos
aproximar do trono com confiança (Hb.10:19). Seu sacerdócio eterno garante
nossa preservação eterna. Assim como seguramente fomos reconciliados com Deus
por sua morte, também somos salvos pela sua vida como nosso Sumo sacerdote à
direita de Deus (Rm.5:10). Não é exagero dizer que o mais simples cristão sobre
a terra tem a certeza do Céu como os santos que ali estão.
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto, temos plena
consciência de que há uma imperiosa necessidade de perseverança e vigilância
para não se decair da fé. Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação
precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o
prejuízo de quem se apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para
a salvação dos pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de
arrependimento impossível, e se perderem eternamente. Pense nisso!
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Luciano
de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências
Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) -
William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 73. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. O Sacerdócio eterno
de Cristo. PortalEBD_2008.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Paciência, o fruto da
perseverança. PortalEBD_2005.
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