1º
Trimestre/2020
Texto Base: Mateus 19:1-12
09/02/2020
“Ele, porém,
respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez
macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e serão dois numa só carne?" (Mt.19:4,5).
Mateus 19:
1-E aconteceu que,
concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da
Judeia, além do Jordão.
2-E seguiram-no muitas
gentes e curou-as ali.
3-Então, chegaram ao pé
dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua
mulher por qualquer motivo?
4-Ele, porém,
respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez
macho e fêmea
5-e disse: Portanto,
deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
6-Assim não são mais
dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
7-Disseram-lhe eles:
Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
8-Disse-lhes ele: Moisés,
por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas,
ao princípio, não foi assim.
9-Eu vos digo, porém, que
qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar
com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete
adultério.
10-Disseram-lhe seus
discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém
casar.
11-Ele, porém, lhes
disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi
concedido.
12-Porque há eunucos que
assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens;
e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem
pode receber isso, que o receba.
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos da sexualidade humana. Tudo que Deus criou é bom, e
isto inclui o sexo, que foi estabelecido por Deus para ser desfrutado no
casamento heterossexual (Gn.2:21-25). Qualquer relação sexual humana que
subverta esta premissa defronta-se contra a originalidade divina. Aquele que
criou o universo, também criou nosso corpo e nossos órgãos sexuais. A vida
sexual saudável dentro do casamento tem a bênção de Deus, além de dar alegria e
prazer ao ser humano; além disso, o sexo tem o objetivo biológico para a procriação,
ou seja, a perpetuação da espécie humana.
I. DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS
Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e diferenciada -
macho e fêmea -, isto é, sexo masculino e sexo feminino, segundo seus
propósitos. Está escrito: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus
o criou; macho e fêmea os criou” (Gn.1:27). O sexo, portanto, não é algo mau,
porquanto criado por Deus; entretanto, com o pecado, este princípio divino foi
desvirtuado, e é preciso distinguir entre o sexo divinamente estabelecido e as
aberrações resultantes do pecado e do mal.
1. Definição de
sexo
Em matéria de biologia, o sexo se refere a uma condição de tipo
orgânica que diferencia o macho da fêmea, o homem da mulher, seja em seres
humanos, plantas e animais. Logo, o sexo não é o resultado de uma engenharia
social e política, como o querem os ideólogos do gênero. Ou se nasce homem, ou
se nasce mulher; é o que mostra a Bíblia Sagrada (cf.Gn.4:1; 30:21) e a ciência.
Na linguagem corrente, quando se menciona a palavra sexo também pode
referir-se a outras questões: ao conjunto dos seres pertencentes ao mesmo sexo;
aos próprios órgãos genitais propriamente ditos, por isso é que muitas vezes se
usa a palavra como sinônimo de genital; ou a prática de atividades sexuais.
Segundo os estudiosos deste assunto, o sexo de um organismo é
definido pelos gametas que produzem; gametas são células sexuais que permitem a
reprodução sexual dos seres vivos. O sexo masculino produz gametas
masculinos conhecidos como “espermatozóides”, enquanto o sexo feminino produz
gametas femininos conhecidos como “óvulos”. Da combinação de ambos os gametas
resultará a descendência que possuem as características genéticas pertencentes
aos pais. Os cromossomos serão transmitidos de uma geração a outra em um
processo de combinação de gametas. Cada uma das células terá a metade de
cromossomos correspondentes ao pai e outra metade à mãe. As características
genéticas estão contidas no DNA (Ácido Desoxirribonucleico) dos cromossomos.
2. Deus criou o sexo
A Bíblia Sagrada afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que, ao
criar o homem, fê-lo sexuado (Gn.1:28). Este ponto distingue o homem dos anjos,
por exemplo, que foram criados assexuados (Mc.12:25), logo não se reproduzem;
continuam a mesma quantidade desde que foram criados por Deus. Quando Deus
criou Adão e Eva, logo em seguida proferiu a “bênção” sobre o casal; após isto,
ambos “se tornaram uma só carne” (Gn.1:27,28; 2:21-24), e através deles vieram
a existir todas as nações, línguas e povos que, hoje, conhecemos, conforme o
apóstolo Paulo argumentou (cf. Atos 17:26). O sexo faz parte da perfeita
criação de Deus qualificada como sendo “muito bom” (cf. Gn.1:31). Desse modo, o
sexo não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo o que Deus
fez é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito.
3. Os dois sexos
No ato da criação humana, Deus fez o homem e a mulher sexualmente
diferentes: "macho e fêmea os criou" (Gn.1:27). Ou seja, Deus criou o
sexo masculino e o sexo feminino, ambos com constituição anatômica e
fisiológica diferentes, para procriação e perpetuação da raça humana. Sem esta
possibilidade, o mundo ainda estaria vazio de seres humanos. Mesmo que haja a
intenção maligna de, exteriormente, transmudar-se, jamais essa pseuda mudança
alterará a essência criativa de Deus. Como bem diz, o pr. Claudionor de
Andrade, o homossexualismo e outras práticas igualmente contrárias às
Escrituras Sagradas jamais conseguirão mudar o que Deus criou. Aliás, o
homossexualismo é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm.1:21-28; Lv.18:22).
Sendo criação divina,
portanto, o sexo não pode ser tratado como algo imoral ou indecente. A atração
sexual, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem estranho ao ser humano,
mas, muito pelo contrário, é algo que decorre da própria natureza humana. Sendo
assim, não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário
à natureza do homem, ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como alguns têm
defendido. O desejo de Deus é que o homem e a mulher sejam felizes no
casamento.
II. OBJETIVOS DA SEXUALIDADE HUMANA
A sexualidade humana
implica comportamentos e práticas instintivos que estão intimamente associados
aos processos biológicos que ocorrem no corpo, ou seja, se manifestam neles. A
tendência sexual normal, biblicamente aceitável, é a atração entre o sexo
feminino e seu oposto masculino, chamada de relação heterossexual. Nesta
condição, a sexualidade está relacionada com a busca da satisfação do apetite
sexual, seja pela necessidade do prazer ou da procriação da espécie. Deus criou
a sexualidade no homem e na mulher para despertar neles a vontade de unir os
seus corpos e satisfazer os seus desejos mais íntimos (1Co.7:32-34).
A atração sexual,
portanto, é algo natural e que revela a própria natureza sexuada do ser humano,
devendo, porém, o instinto sexual ser dirigido com equilíbrio para que se faça
a vontade de Deus que é a de que o sexo seja efetuado no casamento, com o
cônjuge, com objetivos bem delimitados, a saber: procriação (Gn.1:27,28); união
conjugal (1Tm.4:3,4; Ct.1:2,3,15-17) e; ajustamento do casal (Gn.2:24).
1. Procriação
O objetivo primordial do
ato sexual refere-se à procriação. A união sexual e a reprodução, pela
instituição do casamento, fazem parte da criação e foi ordenada por Deus desde
o princípio. Deus abençoou o primeiro casal e disse-lhe: "Frutificai e
multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn.1:28). Passado o dilúvio, Noé
recebeu a mesma ordem recebida por Adão: "E abençoou Deus a Noé e a seus
filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra"
(Gn.9:1). Portanto, a frutificação e multiplicação da raça humana foi ordem de
Deus (Gn.1:28), o que se dá somente pela atividade sexual entre um homem e uma
mulher.
Aqueles que dizem que o
relacionamento sexual foi o pecado de Adão e Eva desconhecem totalmente as
Escrituras Sagradas. A ordem de procriação concedida ao homem era ponto
definido; jamais o Senhor ousaria ordenar-lhe uma coisa e depois castigá-lo por
obedecer a essa ordem. Nunca devemos confundir o fruto do conhecimento do bem e
do mal com o ato conjugal, permitido e ordenado pelo Senhor. Portanto, sexo não
é pecado; o pecado está na depravação sexual que contraria os princípios
estabelecidos nas Escrituras Sagradas.
2. União conjugal
O sexo é uma das
expressões pelas quais se traduz a união conjugal - “e serão ambos uma carne” (Gn.2:24). É uma das principais expressões
do amor conjugal. Com efeito, é através do sexo que um cônjuge se entrega ao
outro, que um cônjuge procura agradar ao outro. O amor conjugal não se confunde
com o sexo, como propala erroneamente o mundo imerso no pecado, mas tem uma de
suas expressões no sexo.
O sexo praticado no
modelo bíblico revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto que a
Palavra de Deus diz que o corpo do cônjuge está sob o domínio do outro
(1Co.7:4). A fase de união conjugal é tão importante que a lei de Moisés
dispensava, durante um ano, o homem casado dos seus deveres cívicos, inclusive
o de ir à guerra (Dt.24:5).
3. Prazer e
satisfação dos cônjuges
A Bíblia se refere ao
sexo como algo prazeroso e satisfatório entre o marido e a sua esposa:
"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade..." (Pv.5:18,19); e ainda: "Goza a vida com a mulher que
amas"(Ec.9:9). Mas, a busca do prazer e da satisfação não deve ser
egoísta, transformando-se o parceiro sexual (que será, necessariamente, o
cônjuge) em um mero objeto, mas, bem ao contrário, a Palavra de Deus estabelece
que se busque sempre a satisfação do outro (1Co.7:3-5). É neste equilíbrio e
altruísmo que o sexo de acordo com a Palavra de Deus se distingue das
aberrações e das práticas mundanas que têm substituído, entre os ímpios, o
princípio divino da sexualidade. A bestialidade sexual está sempre relacionada
com o egoísmo e o total aviltamento do parceiro sexual (Gn.19:4-11;
Jz.19:22-30; 2Sm.13:11-17).
Portanto, o ato conjugal
deve ser um prazer, e nunca um tormento ou sofrimento. Os dois, marido e
mulher, devem sentir-se satisfeitos e alegres de se completarem neste ato. Na
satisfação sexual o casal sempre renova a união, recriando o vínculo
matrimonial. Assim, na união conjugal, como também ensina o Novo Testamento, o
homem e a sua mulher devem buscar a satisfação sexual (1Co.7:5). Caso esta
satisfação sexual e prazer conjugal não seja constante, a tendência é que o
casamento se acabe. Nisto percebemos que os casais precisam sempre se recrear,
dando continuidade à união que um dia foi iniciada.
III. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE
Paulo ensina que o sexo é
uma bênção, mas pode se tornar uma maldição. Ele é uma benção dentro do
casamento, mas um sério problema fora dele. Somente no casamento monogâmico e
heterossexual (1Co.7:9) se pode praticar sexo, sendo totalmente contrária à
Palavra de Deus qualquer outra conduta que não seja esta. Portanto, toda
prática sexual realizada fora destes moldes constitui-se em sexo ilícito.
Vejamos, a seguir,
algumas distorções da sexualidade mais acintosas, praticadas pela sociedade
ímpia:
1. A fornicação
A fornicação é um
abominável pecado contra Deus (Ef.5:5; Ap.21:8). Ela é geralmente entendida
como a atividade heterossexual entre pessoas solteiras ou entre casado e
solteiro. É uma atitude errada porque concentra-se no prazer e não na
convivência legal; é instantânea e inconstante, não tem compromissos e não
assume responsabilidades familiares.
Ao contrário do que
determina a Bíblia Sagrada, o mundo tem defendido e até incentivado que as
pessoas, numa idade cada vez menor, venham a manter relações sexuais, deixando
a virgindade, algo considerado ultrapassado e até ridicularizado pela mídia e,
por extensão, na sociedade por ela influenciada; entretanto, a Bíblia condena a
fornicação do início ao final. A Palavra de Deus é bem clara ao afirmar que os
fornicários não herdarão o reino de Deus (At.15:29; Ef.5:5; 1Tm.1:10; Hb.12:16;
Ap.21:8).
2. O adultério
O adultério é a relação
sexual extraconjungal. A Bíblia tem fortes admoestações contra quem comete o
pecado de adultério (Êx.20:14; Lv.18:20; 1Co.6:10; Hb.13:4). O mundo vê o
adultério como algo normal, natural e até esperado no casamento. Recente
pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois terços das pessoas esperam ser
traídas por seu cônjuge e entendem ser isto natural e compreensível.
Entretanto, o adultério é abominável aos olhos de Deus, tanto que seu alcance
foi ampliado por Jesus no sermão do monte (Mt.5:27-30). Sua prática é
considerada loucura pela Palavra de Deus (Pv.6:32) – “O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua
alma o que tal faz”.
Com certeza, não há
prática que cause tantos males e denigra tanto o caráter de alguém senão o
adultério, que, além de destruir a família - célula principal da Igreja -, dá
péssimo exemplo aos filhos que, sem o exemplo dos pais, perdem o referencial do
certo e do errado, sendo, a partir de então, alvos fáceis do inimigo de nossas
almas.
O adultério é a figura da
infidelidade. Na Bíblia, a prática do adultério é punida com a morte eterna,
tamanho o mal que representa (cf.1Co.6:9). As Escrituras Sagradas afirmam que é
o próprio Deus quem julgará os adúlteros (cf. Hb.13:4). A Palavra de Deus
permanece para sempre e ela continua a nos ensinar que ficarão de fora os
adúlteros e os fornicários (Ap.21:8; 22:15).
3. O
homossexualismo
É a pratica das relações
sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Pode ser masculino ou feminino. O
homossexualismo e o lesbianismo são uma aberração e, salvo os poucos casos em
que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia
contra Deus (Rm.1:21-28). É conhecido na Bíblia como o pecado de Sodoma e
Gomorra (Dt.23:18; 1Co.6:9,10; 1Tm.1:10).
O Antigo Testamento
condena explicitamente a união homossexual, considerando-a
"abominação" a Deus (Lv.18:22; 20:13). O Novo Testamento confirma
essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo não menos incisivo:
"Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus" (1Co.6:10)
Não podemos concordar com
a bandeira levantada pelos ativistas Gay’s, quando afirmam que o
homossexualismo é uma opção normal e que o casamento entre pessoas do mesmo
sexo é uma união de amor que deve ser chancelada pela lei de Deus e dos homens.
Ao descrever o homossexualismo, Paulo aponta sete características desse pecado
abominável: (a) imundícia (Rm.1:24); (b) desonra para o corpo (Rm.1:24); (c)
paixão infame (Rm.1:26); (d) antinaturalidade (Rm.1:26); (e) contrariedade à
natureza (Rm.1:26); (f) torpeza (Rm.1:28) e; (g) erro (Rm.1:28).
Portanto, o
homossexualismo e o lesbianismo são uma negação total do mundo natural; refuta
qualquer possibilidade de continuidade e ameaça a identidade da pessoa como
fruto do relacionamento de um pai e uma mãe.
4. Transsexualidade
É um "transtorno de
identidade de gênero" ou "disforia de gênero", segundo a
Organização Mundial da Saúde. Nesse transtorno, a pessoa sente-se
desconfortável com o sexo biológico com que nasceu. Um homem "sente-se
mulher", uma mulher "sente-se homem", e a pessoa deseja
"mudar de sexo". Só que isso é absolutamente impossível. Jamais
alguém poderá mudar de sexo. Essa distorção da identidade humana está associada
à falsa e perversa "ideologia de gênero", que prega que a pessoa não
nasce com gênero definido, mas com "gênero neutro". Quando cresce,
depois da puberdade, "escolhe" o gênero com que se identifica. Essa
ideologia é, no entanto, falsa, tendenciosa e perversa, e de origem satânica,
pois pretende destruir o plano de Deus para a sexualidade e a identidade biológica
do homem, além de não ter a mínima base científica.
O Colégio Americano de
Pediatria desmascarou essa falsa ideologia em 2017 e recomendou a educadores e
a legisladores para não ensinarem essa aberração a crianças, pois isso
provocará uma tremenda confusão na mente delas.
O Pr. Elinaldo Renovato
diz que a transsexualidade “é uma terrível afronta à sacralidade do corpo
humano, que foi criado por Deus, com sua identidade binária: ‘macho e fêmea os
criou’ (Gn.1:27). A igreja cristã deve rejeitar peremptoriamente toda
argumentação a favor da falsa ideologia de gênero e da transsexualidade, ou a
falsa ‘mudança de sexo’" (Elinaldo Renovato de Lima. Tempos, Bens e
Talentos).
5. A ideologia de
gênero
A Ideologia de
Género, ou melhor dizendo, a ideologia da ausência de sexo, é uma
abstração filosófica segundo a qual os dois sexos - masculino e feminino -
são consideradas construções culturais e sociais. Ela defende que nós
nascemos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo
seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é apresentado como
masculino ou feminino. Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal
teoria, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.
Esta corrente ideológica
procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos.
Afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações
anatômicas não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma
cultura, de um país ou de uma época. Ensina que não existem diferenças naturais
entre homens e mulheres. Desta forma, a referida ideologia legitima propostas
estranhas como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e
universidades. Ensina que os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto
do matrimônio e da família, devem ser substituídos por relações sexuais física
e psicologicamente versáteis e que não obedecem uma ordem da natureza e
dignidade que lhes é própria.
Segundo essa teoria
ideológica, os dois sexos – masculino e feminino – são considerados construções
culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada
pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero) quando quiser. Seus
adeptos e defensores querem ensinar às crianças que elas, socialmente falando,
não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que
quiserem. Para esses defensores, quando a criança nasce ela não deve ser
considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero
humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo.
A Ideologia de Gênero
pretende obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural. Tal
ideologia distingue o sexo - que é um dado biológico e natural - do gênero -
que é uma mera construção social. Dizem: se as meninas brincam de boneca, não é
porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social.
Embora só as mulheres
possam ficar grávidas e amamentar as crianças, e embora o choro do
recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero
insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída
às mulheres.
E mais, se as mulheres só
se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a
uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a
“heteronormatividade”).
O papel de mãe e esposa
que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por
exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher.
A Ideologia de Gênero
prega que a pessoa pode mudar de sexo quando bem quiser. Só que a
impossibilidade de mudar o sexo com que se nasceu não contraria somente a
realidade biológica, ela vai, sobretudo, contra a vontade de Deus.
Ninguém nasce homem ou
mulher por mero acaso, mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da Divina
Providência, conforme os seguintes textos bíblicos: “Eu te louvarei, porque de
um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras,
e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando
no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus
olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram
escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas
havia” (Salmos 139:14-16); “Antes que no seio fosses formado, eu já te
conhecia” (Jr.1:5).
Segundo os cientistas
entendidos neste assunto, “é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma
pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus genes: XX para a
mulher, XY para o homem. A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro
sexo, pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e pode ser
determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”.
Ir contra os desígnios
divinos é um ato de revolta contra o Criador: “Deus criou o homem à sua imagem;
criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou:
Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a”
(Gn.1:27,28).
CONCLUSÃO
A sexualidade humana é
uma atividade autorizada por Deus, porém, o próprio Deus determinou os limites
dessa atividade humana. A primeira observação que temos é que ela deve ser
realizada entre um homem e uma mulher; jamais entre pessoas do mesmo sexo.
Quaisquer comprometimentos sexuais ilícitos — a formicação, o adultério, o
homossexualismo, o lesbianismo — são duramente condenados por Deus, e quem
pratica tais coisas receberá dEle o justo juízo. Deus quer que seus filhos
tenham vida sexual ilibada, não apenas por causa do testemunho, mas também por
sermos o templo do seu Espírito.
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Antigo e Novo
Testamento) - William Macdonald.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação
Pessoal. CPAD.
Pr. Claudionor de Andrade. A Raça humana –
Origem, Queda e Redenção. CPAD.
Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
Bruce K. Waltke. Gênesis. Editora Cultura
Cristã.
Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
Luciano de Paula Lourenço. Aula 08 – Ética
Cristã e Sexualidade – Subsídio. 2º Trimestre/2018.
Dr. Caramuru Afonso
Francisco. O cristão e a sexualidade. PortalEBD_2002.
Pr. Elinaldo
Renovato. O cristão e a sexualidade. CPAD.
Muito bom. Parabéns.
ResponderExcluirPr.Henrique, sinto-me honrado por tão ilustre visita! Muito grato!
ResponderExcluirOro a Deus para que Ele continue abençoando, sobremaneira, o teu ministério, que tanto tem contribuído para o engrandecimento do Reino de Jesus Cristo. Você tem sido uma bênção para EBD, e uma grande referência para muitos professores, inclusive prá mim.
Paz de Cristo!
O acompanho a muitos anos, parabéns pelo empenho e dedicação de fornecer uma abordagem esclarecedora das lições bíblicas.
ResponderExcluirObrigado por fazer parte dessa jornada. Você e mais dezenas de centenas de pessoas propulsionam o meu ânimo e me motivam a ir avante. Deus o abençoe sempre!
ExcluirParabéns irmão Luciano, como gosto de suas aulas, eu me baseio muito nas aulas bíblicas estudando seus textos, continue, por favor não pare. Que Deus abençoe o senhor sua família e seu conhecimento e sabedoria, te acompanho desde de 2013 , quando saiu os textos da escatologia bíblica.
ResponderExcluirObrigado por me acompanhar e fazer parte desta empreitada. Se não fosse pessoas como você, pedindo para não parar, eu já tinha colocado as minhas botas no varal. Jesus é bom o tempo todo, em todo tempo. Paz de Cristo! Abraços!
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