No 2º Trimestre letivo de 2022, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o seguinte tema: “Os Valores do Reino de Deus – A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor Osiel Gomes. As lições estão distribuídas sob os seguintes assuntos:
Lição
01. O Sermão do Monte: o caráter do Reino de Deus.
Lição
02. Sal da Terra, Luz do mundo.
Lição
03. Jesus, o discípulo e a Lei.
Lição
04. Resguardando-se de sentimentos ruins.
Lição
05. O Casamento é para sempre.
Lição
06. Expressando palavras honestas.
Lição
07. Não retribua pelos padrões humanos.
Lição
08. Sendo verdadeiros.
Lição
09. Orando e Jejuando como Jesus ensinou.
Lição
10. Nossa segurança vem de Deus.
Lição
11. Sendo cautelosos nas opiniões.
Lição
12. A bondade de Deus em nos atender.
Lição
13. A verdadeira identidade do Cristão.
No
célebre Sermão do Monte, Jesus mostrou, de forma eloquente, que o Reino de Deus
é um reino inverso aos reinos do mundo; nele a pirâmide está invertida. No
Reino de Deus: Feliz é aquele que nada ostenta diante de Deus e ainda chora
pelos seus pecados. Feliz é aquele que abre mão dos seus direitos em vez de
oprimir aqueles que reivindicam até direitos que não têm. Feliz é o que abre a
mão ao necessitado, e não o que explora para enriquecer-se. Feliz é o que
constrói pontes de contato entre as pessoas, e não aquele que cava abismos de
inimizades entre as pessoas. Feliz é o que ama e pratica a justiça, e não
aquele que usa as filigranas da lei para auferir vantagens próprias. Feliz é
aquele que busca a santidade, e não aquele que rasga a cara em ruidosas
gargalhadas carregadas de lascívia. No Reino de Deus, ser perseguido por causa
da justiça é melhor do que fazer injustiça e posar de benemérito da sociedade.
A
ética do Reino de Deus não afrouxa as exigências da lei para render-se à
licenciosidade sem freios. Se, nos reinos do mundo, o forte prevalece sobre o
fraco e o poder da vingança esmaga até os inocentes, no Reino de Deus o perdão
é maior do que a vingança e a busca da reconciliação é melhor do que a vitória
num tribunal.
Nos
reinos do mundo, os homens se satisfazem com as ações certas sob a investigação
da lei; no Reino de Deus, até mesmo as motivações do coração são contadas. Odiar
alguém é matá-lo no coração. Olhar para uma mulher com intenção impura é
adulterar com ela. Se os tribunais da terra só podem julgar palavras e ações,
no Reino de Deus o tribunal divino julga até mesmo as intenções.
Na
ética do mundo, o casamento está cada vez mais enfraquecido e o divórcio está
cada vez mais robusto. No Reino de Deus, divorciar-se por qualquer motivo é
entrar pelos corredores escuros do adultério e arruinar não apenas a própria
vida, mas também a família.
Na
ética do mundo, o sexo tornou-se banal e promíscuo. Toda sorte de aberrações
sexuais é aplaudida e incentivada, mas no Reino de Deus se exigem a pureza no
coração e a fidelidade nos relacionamentos.
Na
ética do mundo, a espiritualidade é uma encenação na passarela da vaidade. Os
homens são aplaudidos por aquilo que aparentam ser, e não pelo que de fato são.
No Reino de Deus, a espiritualidade verdadeira não busca holofotes nem aplauso
dos homens, porque visa exclusivamente agradar a Deus, que tudo vê em secreto e
a todos sonda.
Na
ética do mundo, os homens julgam temerariamente, ao mesmo tempo que expõem os pecados
do próximo, promovendo a si mesmos. No Reino de Deus, o indivíduo é rigoroso ao
tratar seus próprios pecados, mas é compassivo em lidar com os pecados do
próximo.
Na
ética do mundo, ser grande é acumular riquezas na terra, construir impérios
financeiros e ostentar poder econômico. No Reino de Deus, ser rico é ajuntar
tesouros no Céu, onde os ladrões não roubam nem a traça e a ferrugem corroem. Nos
reinos do mundo, os homens vivem ansiosos pelas coisas que perecem, enquanto os
filhos de Deus buscam em primeiro lugar o Reino de Deus, que é eterno.
Na
ética do mundo, os falsos profetas são tidos em alta conta e recebem dos homens
todo prestígio e acolhida. Mas, para os filhos do Reino de Deus, eles são falsos
ministros, que pregam um falso evangelho, produzindo falsos crentes.
Na
ética do mundo, o que importa é a aparência; por isso, a insensatez prevalece.
Os homens escutam a verdade, mas não a põem em prática. Constroem sua casa
sobre a areia, para vê-la desmoronar na chegada da tempestade. No Reino de
Deus, não basta ouvir, é preciso praticar. Não basta construir sua casa, é
preciso construí-la sobre a rocha. Não bata ter uma casa segura aos olhos dos
homens, é preciso que essa casa permaneça inabalável diante das tempestades da
vida.
Enfim,
o Reino de Deus está em oposição aos reinos deste mundo. Os reinos deste mundo
são aplaudidos agora, mas entrarão em colapso depois; ostentam suas riquezas
agora, mas depois ficarão completamente desamparados; drapejam suas bandeiras
de sucesso agora, mas serão cobertos de opróbrio na manifestação de nosso
glorioso Redentor. Então, todos os reinos deste mundo passarão, mas o Reino de
Cristo, mesmo sendo agora um Reino de pirâmide investida, jamais findará.
Que
neste trimestre, possamos entender o Sermão do Monte, onde está exposto o
padrão ético ideal para o cidadão do Reino de Deus. Aprenderemos que as
qualidades descritas e aprovadas são totalmente opostas às que o mundo
valoriza.
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Luciano de Paula Lourenço –
IEADTC/EBD
Observação: a
maior parte do texto acima foi adaptado do estudo sobre “as credenciais dos
súditos do Reino”, proferido pelo Rev. Hernandes Dias Lopes, ao analisar Mateus
5:1-12.
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