3° Trimestre/2022
Texto Base: 1 Coríntios 6.15-20; Romanos 1.26-28
“Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem
comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”
(1Co.6:18).
1
Coríntios 6:
15. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?
Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não,
por certo.
16. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um
corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
17. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.
18. Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
19. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo,
que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
20. Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
Romanos 1:
26. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as
suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural
da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com
varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao
seu erro.
28. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus,
assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não
convém;
INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos do pecado da imoralidade sexual. No Novo
Testamento, a palavra grega “porneia” é a mais frequentemente traduzida como
“imoralidade sexual”; é também traduzida como “prostituição”, “fornicação” e
“idolatria”; significa “renúncia à pureza sexual”, e é usado principalmente
para relações sexuais antes do casamento. Inclui também o homossexualismo
e a bestialidade. Dessa palavra grega obtemos a palavra
inglesa pornografia, derivada do conceito de “venda”. A imoralidade
sexual, portanto, é a “venda” da pureza sexual e envolve qualquer tipo de
expressão sexual fora dos limites de um relacionamento matrimonial biblicamente
definido (Mt.19:4,5). A geração de Moisés cometeu vários pecados, dentre eles
estava a imoralidade sexual (1Co.10:8). Os israelitas se misturaram com as mulheres
moabitas que os levaram à prostituição, e também a adorar os deuses dos
moabitas. Na Bíblia, há uma estreita conexão entre prostituição e idolatria - onde
se vê idolatria, aí também a prostituição está presente; onde se vê
prostituição, aí também a idolatria aparece. Devemos nos precaver, pois nesta
área o inimigo de Deus tem utilizado dos seus ardis para destruir muitos daqueles
que cristãos dizem ser. Oremos e vigemos para que não caiamos em tentação.
I. A REVOLUÇÃO SEXUAL
1. Um novo
paradigma para a sexualidade
A revolução sexual trouxe um novo paradigma à sexualidade
moderna. Presenciamos hoje uma explosão sexual nunca vista na história da
humanidade. Em tudo que se vê e ouve – na TV, no Rádio, nas mídias sociais, na
internet (principalmente nesta), o erotismo está presente de uma forma
dominadora e conquistadora. Os valores morais judaico-cristãos foram
severamente abalados, e isto tem perturbado muitas pessoas que se dizem
cristãos, em todo o orbe evangélico. O verdadeiro cristão tem a Bíblia sagrada
como regra de fé e prática, cujos ditames são imutáveis. O conselho dado a
Igreja em seu nascedouro - “não pratiquemos a imoralidade sexual...” (1Co.6:18;
10:8) – continua em pleno vigor. A exortação do apóstolo Paulo, afirmando que
os praticantes da imoralidade sexual não vão morar no Céu (1Co.6:8), continua
inalterada. Portanto, para a Igreja, a sexualidade humana continua sendo vista
como algo sagrado e que deve ser exercida dentro dos parâmetros estabelecidos
pela Bíblia Sagrada; ou seja, as relações sexuais devem ser heterossexual monogâmicas,
e dentro do casamento entre um homem e uma mulher, conforme Deus instituiu.
Satanás, com todos as suas sutilezas, tem procurado debelar este paradigma, mas
o crente em Cristo não deve cair nesta arapuca de satanás. A facilidade de cair
no erro é muito grande, muito mais do que antes da revolução sexual ocorrido
nos anos de 1960; por isso, é necessário um hercúleo esforço para suportar a
tentação e os torpedos do inimigo de nossas almas. Com a ajuda do Espírito
Santo teremos vitória. Vigiemos, pois o Senhor não tarda a vir!
2. A
quebra de um “tabu”
Como eu disse, estamos vivendo uma explosão sexual nunca vista, e
isto é fruto de uma ideologia cultural que há anos vem sendo construída em todo
o mundo, com mais força no Ocidente. Muitos movimentos contestadores da moral
judaico-cristã consideram que a sexualidade, conforme defendida
pelo Cristianismo, é um tabu a ser quebrado; parece que isto está
funcionando, haja vista o que vem ocorrendo com muitos que se dizem cristãos.
A visão de que o sexo é algo sagrado para ser vivenciado na esfera
do casamento perde força a cada dia, infelizmente. O que era uma prática
pecaminosa no passado passou a ser aceito por muitos como um comportamento
tolerado e até mesmo permitido. Como afirma o pr. José Gonçalves, ao mesmo
tempo em que se forma como um novo paradigma para a sexualidade humana, esse
modelo cultural desconstrói os valores morais cristãos; seus efeitos não são
vistos apenas na cultura secular, que já se rendeu por completo a seus apelos,
mas também tem causado grande impacto e influenciado de forma drástica a igreja
evangélica.
É inegável que a forma como se define o certo e o errado em
relação ao comportamento sexual mudou de forma drástica nos últimos anos.
Assim, a ideia de que o sexo é algo sagrado para ser experimentado somente na
esfera do casamento, como defini a moral cristã, passou a ser duramente
contestada a partir da revolução sexual de 1960. Cada vez mais, práticas que
fugiam da forma tradicional de expressar a sexualidade ganharam aprovação
popular. O sexo livre, praticado fora da esfera do casamento, o relacionamento
extraconjugal e a homossexualidade tornaram-se práticas cada vez mais normais
dentro desse novo paradigma cultural. Isto é muito preocupante!
Satanás está ganhando terreno ao liberalismo anárquico e vulgar da
prática sexual; isto é visivelmente notado e incentivado nos meios de
comunicação escrito e falado, principalmente nas mídias sociais. Segundo o pr.
José Gonçalves, está ficando cada vez mais frequente pastores aconselharem
jovens que romperam os limites da castidade envolvendo-se em relações íntimas
antes do casamento. Infelizmente, muitos líderes de igrejas ditas evangélicas,
sentindo a pressão social e cultural, passaram a fazer concessões a essa nova
modalidade cultural; porém, Deus não mudou nem a Sua Palavra. Logo, se um líder
faz concessão a este novo modelo cultural arquitetado por Satanás, certamente,
este líder, segundo a Bíblia Sagrada, não terá um fim agradável; para estes líderes,
o Senhor não poderá dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco,
sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt.25:21).
Veja, a seguir, um breve relato sobre a vida e sexualidade humana,
por Nancy Pearcey:
“A vida
humana e a sexualidade tornaram-se as questões morais divisoras de águas de
nossa época. Todos os dias, o ciclo de 24 horas de notícias relata o avanço de
uma revolução moral secular em áreas como sexualidade, aborto, suicídio assistido,
homossexualidade e transgenerismo. A nova ortodoxia secular está sendo imposta
por intermédio de quase todas as grandes instituições sociais: academia, mídia,
escolas públicas, Hollywood, corporações privadas e a lei. […] Aqueles que
discordam do éthos secular corrente apelam ao direito à liberdade religiosa. Já
o presidente da Comissão de Direitos Civis dos Estados Unidos escreveu com
desdém que a expressão “liberdade religiosa” não representará nada, a não ser
hipocrisia, enquanto permanecer com o código para a discriminação, intolerância,
racismo, sexismo, homofobia, islamofobia, supremacia cristã ou qualquer outra
forma de intolerância. Observe que a expressão ‘liberdade religiosa’ é colocada
entre aspas, como se fosse um direito ilegítimo, e não um direito fundamental
em uma sociedade livre. O próximo passo será negar aos cidadãos a sua liberdade
religiosa – e isso já começou. Aqueles que resistem à revolução moral secular
têm perdido empregos, negócios e posições de ensino” (PEARCEY, Nancy. Ama o teu
Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de
Deus.1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.11,12).
II. AS PRINCIPAIS DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE SADIA
1. A
prática da fornicação
Já estudamos sobre isso muitas vezes e advertido que a formicação
é um pecado abominável. Este tipo de abominação faz parte do rol impeditivo da
pessoa ir morar no Céu (Ap.21:8). Infelizmente, o advento das redes sociais,
principalmente o subproduto mídia social, tem contribuído drasticamente para a
multiplicação e a contumácia deste pecado. Com a maior interação com as mídias
sociais, não há dúvida de que a tentação de se expor no ambiente virtual é
muito maior; e aquilo que é mostrado e visto apenas no ambiente virtual logo se
transforma numa prática física do mundo real – a fornicação, que é a prática do
sexo entre solteiros ou entre casado e solteiro (Enc. Bíblica Boyer).
As Escrituras Sagradas são bem claras ao afirmar que os
fornicários não herdarão o reino dos Céus (At.15:29; Ef.5:5; 1Tm.1:10; Hb.12:16; Ap.21:8).
O sexo foi estabelecido por Deus, mas tem momento certo para ser exercido: o
casamento. Somente no casamento se pode praticar o sexo lícito, sendo
totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra conduta que não seja esta.
É com tristeza, aliás, que vemos, cada vez mais, uma tolerância de muitos na
igreja com relação a este princípio bíblico, permitindo-se o sexo antes do
casamento entre “pessoas já comprometidas”, como se isto fosse possível.
As bases do casamento são lançadas no namoro e alicerçadas no
noivado. Se essas bases forem lançadas sobre a desobediência a Deus, na prática
da fornicação, estão correndo sério risco de não terem a bênção de Deus; não
adiantará uma cerimônia pomposa, com dezenas de testemunhas, vestido de noiva
com véu e grinalda, com modelo personalizado, nem uma recepção no melhor clube
da cidade. Ter a bênção de Deus no casamento é de suma importância. Pense
nisso!
2.
Adultério: Não é crime, mas é pecado
Adultério é a relação sexual entre uma pessoa casada e quem não é
seu cônjuge; é grave pecado, que na lei de Moisés era duramente apenado (Lv.20:10; Dt.22:22).
Hoje, no Brasil, não é considerado mais um crime, contudo, à luz da Bíblia não
deixou de ser um pecado. A Bíblia Sagrada reprova veementemente a prática do
adultério.
Aquele que pratica adultério quebra pelo menos cinco dos Dez
Mandamentos. Primeiro: "não terás outros deuses diante de mim" -
quem adultera está dizendo que existe um relacionamento mais importante do que
o relacionamento com Deus. Segundo: "não dirás falso testemunho
contra o teu próximo" - além de quebrar os votos matrimoniais, o
adúltero geralmente engana para encobrir o seu pecado. Terceiro: "não
furtarás" - quando Davi pecou com Bate-Seba, o profeta Natã o acusou,
principalmente, de roubar a mulher do próximo. Quarto: "não
cobiçará" - o adultério começa com a cobiça. Quinto: "não
adulterarás". Este é um mandamento que consiste em uma proibição
absoluta, sem nenhuma concessão. Isto vigora tanto para o homem como para a
mulher (Lv.20:10). A finalidade precípua é proteger o matrimônio, instituição
sagrada instituída por Deus.
Diante destes pormenores, percebe-se que o adultério é um pecado muito
sério. É válido ressaltar que a sexualidade, dentro dos padrões morais exarados
nas Escrituras Sagradas, é santa. Deus criou o homem sexuado - “macho e fêmea
os criou” (Gn.1:27). Deste modo, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem
estranho ao ser humano; muito pelo contrário, é algo que decorre da própria
natureza humana. O que Deus proíbe é o sexo ilícito, que tem sido um dos
grandes problemas do ser humano ao longo da sua existência, e principalmente
nestes últimos tempos de depravação cultural em que o erotismo tem se
apresentado de forma explicita e libertina.
Atualmente, o mundo vê o adultério como algo normal, natural e até
esperado no casamento (recente pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois
terços das pessoas esperam ser traídas por seu cônjuge e entendem ser isto
natural e compreensível); entretanto, o adultério é abominável aos olhos de
Deus, tanto que seu alcance foi ampliado por Jesus no sermão do monte (Mt.5:27-30).
Sua prática é considerada loucura pela Palavra de Deus (Pv.6:32-35).
3.
Homossexualidade: Uma contradição da ordem natural
Os cristãos que têm a Bíblia como sua única regra de fé e prática compreendem
a homossexualidade como um comportamento adquirido, e não como um determinismo
biológico. A homossexualidade não tem base biológica ou genética. Por mais de
30 anos, cientistas cuidadosos têm se recusado a afirmar que a homossexualidade
tem origem biológica, por uma simples razão: falta de evidências
comprobatórias. O Dr. John Money, por exemplo, principal pesquisador de sexo da
Universidade Johns Hopkins, relatou: “Nenhuma diferença de cromossomos foi
encontrada entre sujeitos homossexuais e controles heterossexuais”, e “com base
no conhecimento que temos até aqui, não existe fundamento no qual possa se
justificar a hipótese de que homossexuais ou bissexuais de qualquer grau ou
tipo tenham cromossomos diferentes dos heterossexuais”.
Os relatos de Gênesis (Gn.1:27; 2:18,21-24) e Mateus 19:4-6
ensinam que Deus criou a humanidade de uma maneira específica (macho e fêmea) e
com propósitos específicos relativos ao casamento, unidade sexual e procriação
subentendida. Homens e mulheres não são o produto cego de uma evolução ao acaso
em que, literalmente, nada é normativo e os indivíduos são livres para escolher
sua própria moralidade ou sexualidade. Os homens devem prestar contas a Deus,
que os criou; eles não são o produto de uma natureza impessoal que não se
importa com o estilo de vida deles.
Abaixo estão cinco razões pelas quais o relato da criação é
decisivo para qualquer discussão bíblica sobre a homossexualidade.
a) A aceitação da homossexualidade viola a
ordem e a essência da própria criação humana. Deus
declarou que não era bom que o homem estivesse só (Gn.2:18). Para remediar essa
situação, Ele criou a mulher como complemento divino e contrapartida da
masculinidade. A comunhão sexual íntima foi pretendida somente para o homem com
a mulher. Isso quer dizer que a homossexualidade distorce e desordena as
intenções de Deus na criação, e que a prática da homossexualidade contradiz o
padrão da heterossexualidade em seu nível mais básico. O estilo de vida
homossexual nega e desafia as polaridades do sexo de tal maneira que nem mesmo
comportamentos heterossexuais, tais como fornicação e adultério, o conseguem.
b) Os
homossexuais não podem obedecer ao mandamento de Deus quanto à procriação. Em
Gênesis 1:28, Deus ordenou a Adão, a Eva e seus descendentes: "sede
fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra". Se Adão tivesse decidido ser
homossexual, ninguém jamais teria nascido.
c) A homossexualidade constitui uma rebelião
consciente contra a ordem divinamente criada. De acordo
com Romanos 1:32 e outras passagens bíblicas, os homossexuais sabem que seu
comportamento é pecaminoso. A escolha contínua da prática de tal libertinagem
é, portanto, uma rebelião intencional contra Deus e a ordem da criação.
d) A Bíblia está repleta de premissas do relato
da criação. Se a homossexualidade fosse de alguma maneira legítima, as
Escrituras não assumiriam uma inclinação heterossexual, mas incluiriam a opção
homossexual. Se Deus tivesse a intenção de que o homem fosse bissexual, ou
homossexual, ou se Ele tivesse criado o homem andrógino, o fato de criá-lo
dessa maneira seria evidente em outros relatos das Escrituras relacionados à
natureza do homem. Mas, o único padrão mantido e defendido é o heterossexual.
Do primeiro capítulo de Gênesis até o livro de Apocalipse, o significado duplo
de expressão sexual-genital – a saber, procriação e união – é claramente
manifesto. Deus é descrito como o noivo fiel, e Israel, como a noiva fiel,
indicando que o amor heterossexual pode ser a base para se expressar o mistério
de Deus em amar a raça humana. Além disso, o autor de Efésios reitera a mesma
verdade revelada sobre a sexualidade humana, no contexto da sublime comparação
em que o marido é comparado a Cristo e a mulher à Igreja. Quando o autor deseja
descrever o amor que Cristo tem pela Sua Igreja, ele se volta para o amor heterossexual
do marido e da mulher (Ef.5:25,28). Em outras palavras, as Escrituras estão
impregnadas com premissas concernentes à adequação da heterossexualidade; por
comparação, a homossexualidade está claramente ausente, exceto quando se trata
de condenação.
e) A homossexualidade distorce a imagem de
Deus. Gênesis 1:27 ensina claramente que a imagem de Deus compreende
tanto macho e fêmea – uma complementaridade que é eterna e existirá para
sempre. Afirmar que a homossexualidade é bíblica e normal é distorcer a imagem
de Deus e, consequentemente, insultar a natureza e o próprio Ser de Deus. Ao
entendermos o propósito divino da criação e o fato de que a criação reflete o
próprio Ser de Deus, podemos entender mais claramente as razões para as
condenações bíblicas da homossexualidade e porque elas são tão rígidas.
Portanto, os cristãos conservadores, que amam a Palavra de Deus,
entendem que a reprovação da prática homossexual se dá por conta de esta ser
contrária a ordem natural da criação, conforme registrada na Bíblia, e não um
fruto de preconceito (Gn.1-2; Rm.1:26; 1Co.6:9,10; 1Tm.1:10).
III. O PADRÃO BÍBLICO PARA UMA SEXUALIDADE SADIA
1. O sexo
atende uma necessidade da criação
O sexo é a forma natural pela qual os homens se reproduzem,
cumprindo o princípio ético da procriação (Gn.1:28) - “E Deus os abençoou, e
Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a....”. A intenção divina era dotar o homem não só de domínio sobre a criação
na terra, mas também de capacidade de reprodução (Gn.1:28), e isto exigia a
criação da mulher. Sem a providência divina de criação da mulher e, por
conseguinte, da família, o homem não teria condições sequer de dominar o
restante da natureza, pois, acometido que estava de um sentimento de solidão,
não teria condições psicológicas para se impor frente aos demais seres. Sem o
matrimônio, seria impossível que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre
a face da Terra e, por conseguinte, que o homem pudesse dominar sobre a criação
que estava na Terra.
2. O sexo
como complementação e satisfação
O sexo não é visto apenas com fim de procriação, como alguns
defendem erroneamente, sem respaldo bíblico. Em Pv.5:18,19 está escrito
que o prazer é algo próprio do sexo e que não é pecado a busca de satisfação
entre homem e mulher. O sexo dá prazer de forma natural, de modo que não
devemos ter de buscar e sentir satisfação na atividade sexual, pois é algo que
lhe é próprio. O que se condena é o abuso, o domínio do homem pelo instinto
sexual, de forma egoística e descontrolada, o que não se permite nem mesmo
entre casados, pois isto revelará um desequilíbrio, sendo certo que a
temperança, o domínio próprio, é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo
(Gl.5:22), enquanto que a lascívia e a impureza são obras da carne
(Gl.5:19).
Deus fez o sexo e ele é algo bom, prazeroso, saudável e divino.
Mas Deus estabeleceu um princípio: a relação sexual só pode ser expressa no
casamento; fora dele é pecado, é desobediência, é quebra de princípio de Deus
para com o homem, sendo ele cristão ou não. Vivendo essa prática fora do
casamento, certamente o homem cairá em desgraça e maldição.
Quantas pessoas são feridas e marcadas por toda a sua vida na área
sexual. Cada vez que alguém se rende às tentações para, de forma ilícita,
explorar os desejos sexuais que Deus determinou para nosso próprio bem, está
desobedecendo a Deus. Quantas moças cedem para seus namorados só porque eles
ameaçam terminar um relacionamento que nunca foi de Deus. Quantos rapazes, só
para provar aos seus amigos que ele é macho, passam a ter uma vida sexual fora
dos limites de Deus. Se as nossas respostas para o mundo não forem realmente
guiadas pelo Senhor de acordo com o propósito dEle, não seremos pessoas diferentes
dos ímpios. Precisamos apreender que sexo é bom, foi Deus quem o criou, não é
impuro ou maligno; pelo contrário, é divino. Porém, não devemos esquecer que o
sexo deve ser praticado apenas dentro do casamento.
3. O
pastoreio cristão e a prática homossexual
O modelo divino para o ser humano é a heterossexualidade (cf.
Gn.1:27; 5:1-2; 2:22-24; Mt.19:4). O “macho”, a Bíblia chama de “homem”; a
“fêmea”, a Bíblia chama de “mulher”. O macho - o homem - é chamado de um ser do
sexo masculino; a fêmea - a mulher - é chamada de um ser do sexo feminino. Para
a Bíblia, ou a criatura é homem, ou, então, é mulher. Não existe a “coluna do
meio”. Um homem e uma mulher, biblicamente, formam um casal. Quando Paulo diz
que cada um tenha a sua esposa e cada uma tenha o seu marido (1Co.7:2), fica
clara a ideia de uma relação heterossexual.
Embora a união homossexual fosse algo comum no tempo de Paulo, ele
define essa prática como uma paixão infame, um erro, uma disposição mental
reprovável, uma abominação para Deus.
A relação homossexual pode chegar a ser aprovada pelas leis dos
homens, por causa da corrupção dos costumes, mas jamais será chancelada pelas
leis de Deus. Uma decisão não é ética apenas por ser legal. Ainda que a relação
homossexual se torne legal pelas leis dos homens, jamais será aprovada por
Deus, pois fere frontalmente a Sua Lei. A Bíblia sempre condenou o
homossexualismo voluntário, atitude que é típica dos rebeldes e pecadores, como
demonstra a Palavra de Deus, inequivocamente, em diversas passagens (cf.
Lv.18:22; 20:13; Dt.23:17; 1Rs.14:24; 15:12; 22:47; Rm.1:24,27; 1Co.6:10;
Gl.5:19; 1Tm.1:10; Ap.21:8).
Contudo, o homossexual não pode deixar de ser considerado como
criatura de Deus e carente da Sua misericórdia. Se a pessoa homossexual se
arrepender das suas práticas abomináveis e seguir a Cristo de todo o seu coração,
não há dúvida, Deus a perdoará e essa pessoa será salva, pois o sangue de Jesus
nos purifica de todo pecado.
Portanto, a igreja local não deve rejeitar o homossexual como não
deve rejeitar as demais pessoas que agem de forma contrária aos valores
cristãos. Veja que, não obstante à antipatia dos israelitas com relação aos
publicanos e prostitutas, Jesus tratou-os de forma amorosa e com empatia. Que
eram pecadores, sim, eles eram, porém, mesmo assim o Senhor viu neles
potenciais filhos de Deus que careciam de arrependimento (Lc.5:30-32; João
8:3-11). Deus amou o mundo inteiro (João 3:16) e quer que todos sejam salvos
(1Tm.2:4). Quem somos nós para rejeitar qualquer ser humano?
CONCLUSÃO
A sexualidade é o desígnio de Deus, e Seu sagrado presente de
casamento para os seres humanos. Só ele pode definir os parâmetros para
seu uso. A Bíblia deixa claro que o sexo foi criado para ser desfrutado
entre um homem e uma mulher que estão em um casamento de aliança até que um
deles morra (Mt.19:6). Qualquer expressão fora desses parâmetros constitui
abuso do dom de Deus; abuso é o uso de pessoas ou coisas de maneiras que não
foram projetadas para serem usadas; a Bíblia chama isso de
pecado. Adultério, sexo antes do
casamento, pornografia e relações homossexuais estão todos
fora do desígnio de Deus, o que os faz pecar.
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Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo – Palavras Chave –
Hebraico e Grego. CPAD
William Macdonald. Comentário Bíblico
popular (Antigo e Novo Testamento).
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Luciano de Paula Lourenço. Aula 08 – Ética
Cristã e Sexualidade – Subsídio. 2º Trimestre/2018.
Dr. Caramuru Afonso
Francisco. O cristão e a sexualidade. PortalEBD_2002.
Pr. Elinaldo
Renovato. O cristão e a sexualidade. CPAD.
Luloure parabéns pela abordagem: O nosso material vai fazer com que as crianças ocupem o tempo vago com algo que realmente vai agregar conhecimento de verdade. Aqui além de brincar, a criança vai aprender a Palavra de Deus!
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