"Assim diz o
Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para
a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos
Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o
Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim
para sempre. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e
sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a
descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor" (Jeremias
31:35-37).
A
sobrevivência de Israel como uma entidade distinta é um dos milagres da
história; isso só pode ser explicado através de razões sobrenaturais. Neste
texto de Jeremias, Deus faz uma promessa ao povo de Israel referente ao futuro
da nação. Garante-se a Israel uma existência tão longa quanto a duração do sol
e da lua. A história do povo judeu é realmente notável, marcada por uma
resiliência extraordinária ao longo dos milênios. Embora tenham enfrentado
inúmeras ameaças, perseguições e tentativas de destruição, os judeus continuam
a existir como um grupo étnico e religioso distinto.
Muitas
pessoas e muitas nações desejaram destruir Israel como, por exemplo, o Império Egípcio,
o Império Assírio, o Império Babilônico, o Império Medos e Persas, o Império
Grego, o Império Romano, o Império Otomano. Enquanto esses impérios, e
civilizações no passado, não mais existem, a história do povo judeu demonstra a
durabilidade de identidades culturais e religiosas fortes, bem como a
capacidade de superar desafios extraordinários.
A
persistência do povo judeu apesar das adversidades históricas é um testemunho
de sua identidade, cultura e religião duradouras. A fé judaica e a cultura
mantiveram a coesão e a identidade judaica ao longo dos séculos. A religião,
com suas tradições, rituais e valores, e a Bíblia Sagrada, especialmente a
Torá, como regra de fé e prática, tem sido um elemento central na vida judaica
e um fator de união.
Então, depois
de quase vinte séculos fora de sua terra prometida, a ONU autorizou a fundação
do Estado de Israel como um refúgio para os judeus após o Holocausto e em
reconhecimento da perseguição histórica que eles enfrentaram em todo o mundo. Isto
foi precedida por uma longa história de aspirações sionistas, que buscavam um
lar nacional para o povo judeu, e por disputas territoriais complexas com a
população árabe na Palestina. Em 14 de maio de 1948, quando os ingleses
deixaram a região, os Judeus, apoiados pelos Estados Unidos, proclamaram
oficialmente o novo Estado de Israel. Entretanto, os árabes em hipótese nenhuma
concordaram com a restauração de Israel. A intenção deles, muitas vezes
reafirmada, é a de expulsar os Judeus e riscar Israel do mapa. Nesse sentido
foram travadas cinco grandes guerras: em 1948 - a Guerra da Independência; em
1956 - a Guerra de Suez; em 1967 - a Guerra dos Seis Dias; em 1973 - a Guerra
do Yom Kippur; em 1982 - a Guerra do Líbano. Em todos esses embates, as forças
judaicas têm saído vencedoras, porque o Senhor dos Exércitos prometeu está ao
lado dessa nação.
Todavia, o
desejo de extinção do povo judeu e do Estado judeu continua latente em todo o
mundo. Isto é preocupante e condenável. O antissemitismo, uma forma insidiosa
de ódio e preconceito direcionada aos judeus, nunca foi tão forte como
atualmente.
O
antissemitismo tem uma longa e sombria história que remonta a séculos. É
essencial que condenemos o antissemitismo em todas as suas formas, pois representa
não apenas um ataque à dignidade e aos direitos humanos dos judeus, mas também
uma ameaça a valores fundamentais de justiça, igualdade e diversidade que todos
devemos defender. É importante compreender que o antissemitismo é baseado em
estereótipos infundados, conspirações sem fundamento e preconceitos que se
desenvolveram ao longo da história. Essas ideias prejudiciais não apenas
perpetuam a discriminação, mas também desencadearam algumas das piores
atrocidades da humanidade, como o Holocausto. É dever de todos os povos lembrar
as lições dolorosas do passado e evitar que tais horrores se repitam.
O
antissemitismo não prejudica apenas a comunidade judaica, mas também corrompe
as sociedades onde ele se manifesta. Promover o ódio e a divisão enfraquece o
tecido social e mina a coexistência pacífica. Além disso, a luta contra o
antissemitismo deve ser parte de um esforço mais amplo para combater todas as
formas de discriminação e preconceito, independentemente de sua origem.
Hoje, a
maioria dos países islâmicos tem como principal objetivo destruir Israel. O Hamas e, por trás
dele, o Irã, sempre declararam o desejo de destruir Israel e seu povo. Mas isso é debalde, pois Deus prometeu que
Israel é indestrutível.
O ataque covarde do Hamas a Israel no
dia 07 de outubro de 2023 chocou e surpreendeu observadores em todo o mundo. À
primeira vista, parece estranho que o renomado serviço de inteligência
israelense não tenha tido conhecimento dos preparativos da organização terrorista,
que soldados tenham sido realocados da fronteira de Gaza para a Cisjordânia
antecipadamente, e que um grande número de terroristas tenha conseguido entrar
no país, superando as medidas de segurança na fronteira. Eventos tão
impactantes às vezes dão origem a teorias da conspiração surpreendentes, como
aconteceu após o devastador ataque às Torres Gêmeas em Nova York.
Contudo, quem gostaria de apagar Israel
da face da terra deveria estudar Jeremias 31:35-37. Deus promete que Israel só
deixará de ser uma nação quando e se falharem as leis fixas acerca do sol, da
lua, das estrelas e do mar. Este texto é uma promessa divina de que a nação de
Israel não será destruída para sempre. De acordo com esses textos, Deus compara
a estabilidade de Israel à estabilidade das leis naturais que governam o
universo, como o movimento dos corpos celestes e as leis da natureza. Ele
afirma que, assim como essas leis não podem ser quebradas ou alteradas, Israel
também não deixará de existir como uma nação diante Dele para sempre. Em outras
palavras, Deus promete que a existência de Israel é garantida e que, mesmo que
enfrente dificuldades e adversidades, não será completamente destruída.
Jeremias 31:35-37 é um símbolo de
esperança e confiança de que, apesar das lutas e desafios que o povo de Israel
enfrentou ao longo de sua história, sua existência como nação continuará. É
considerado como uma promessa divina de que a nação de Israel não será
destruída para sempre. Veja os elementos-chave dessa passagem:
1.
Comparação
com as Leis Naturais: No versículo 35, Deus faz uma comparação entre a
estabilidade de Israel e as leis naturais que governam o universo. Ele menciona
como Ele dá sol para a luz do dia, fixa as leis da lua e das estrelas para a
luz da noite, e controla o mar e suas ondas. Essas leis naturais são
consideradas imutáveis e inquebráveis, da mesma forma que Deus promete que a
existência de Israel não será quebrada.
2.
Promessa
de permanência: No versículo 36, Deus assegura que, se essas leis naturais
puderem ser violadas ou falharem, então Ele também rejeitará a descendência de
Israel por causa de suas ações. No entanto, a implicação é que, assim como as
leis naturais são inabaláveis, a existência de Israel como nação diante de Deus
também é inquebrável e permanente.
3.
Limites
Divinos inquebráveis: O versículo 37 enfatiza ainda mais a promessa de Deus,
afirmando que, da mesma forma que os céus lá em cima não podem ser medidos, e
os fundamentos da terra cá embaixo não podem ser sondados, Deus não rejeitará a
descendência de Israel. Isso sugere que, assim como esses limites naturais são
intransponíveis, a promessa de Deus de manter Israel como uma nação é
igualmente sólida.
Enfim, Jeremias 31:35-37 é de
significativa importância na tradição judaica e é frequentemente citado para
enfatizar a durabilidade e a importância da nação de Israel. Ele transmite uma
mensagem de esperança e confiança de que, apesar das muitas dificuldades e
desafios que o povo de Israel enfrentou ao longo de sua história, sua
existência como nação será preservada por Deus. No geral, é um texto que
enfatiza a promessa divina de que Israel continuará a existir como uma nação; é
uma mensagem de esperança e fé que desempenha um papel central na teologia e na
história do povo judeu.
Acredite se quiser!
Luciano
de Paula Lourenço
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