2º
Trimestre/2013
Texto
Básico:Ef 5:22-28,31,33
"Vós, maridos, amai vossas mulheres* como
também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Et 5:25).
INTRODUÇÃO
Sendo uma instituição criada por
Deus, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente,
de toda a sociedade. O padrão para o matrimonio bíblico é que seja realizado
entre um homem e uma mulher. E dentro dessa única e correta perspectiva, há
mandamentos diretos para ambos os cônjuges.
A História tem demonstrada de
forma inequívoca, principalmente neste século, que o casamento é um dos alvos
preferenciais das forças satânicas. Sob o pretexto de "evolução",
"progresso" e "avanços sociais", novas formas de união tem
sido inventadas e aceitas pela sociedade sem Deus. A cada dia, o império do mal
cresce, com o apoio dos governantes, dos representantes políticos do povo e dos
representantes do poder judiciário, que aprovam leis e normas que contrariam a
Lei de Deus. Mas os cristãos devem preservar e cultivar o matrimônio monogâmico
e heterossexual, como uma bênção de Deus para a humanidade. Um Dia, todos serão
julgados no plano espiritual segundo suas decisões e escolhas. O juízo Final
aguarda, com sentença já definida, a sorte dos ímpios (Sl 9:17).
I.
A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Que marido e mulher
estabeleçam uma comunhão de vida. Aliás, é o sentido do casamento.
Ao estabelecer o casamento, o texto sagrado diz que “serão ambos uma só
carne” (Gn 2:24), expressão que é muito mais do que uma indicação da
permissão de relacionamento sexual entre os cônjuges, mas que denotam a
necessidade que os cônjuges têm de, a partir da decisão de se casarem, passarem
a viver um em função do outro, de construírem uma vida em comum.
O individualismo e egoísmo
reinantes neste mundo sem Deus e sem salvação têm sido um dos fatores
primordiais para o fracasso dos casamentos, casamentos, aliás, cada vez mais
raros. As pessoas não querem viver em função de alguém, mesmo tendo afeição por
este alguém. Desejam ter uma companhia que, entretanto, não prejudique seus
projetos pessoais, onde só cabe uma pessoa. São “amantes de si mesmo” e não
titubeiam em descartar o companheiro se ele se tornar um obstáculo para seus
planos egoístas. Não é esta, porém, a vontade de Deus para o casamento.
2. Que o
casamento seja heterossexual e monogâmico. Após realizar o primeiro
matrimônio, o Criador disse: “deixará o homem [macho] o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos uma carne” (Gn 2:24). Desta
forma, jamais estará obedecendo aos princípios divinos quem defender ou
constituir uma união homossexual, algo que, lamentavelmente, vem se alastrando
nos países de todo o mundo, bem como aqui no Brasil, a despeito de ser
considerado, hegemonicamente, um país cristão. A união de pessoas do mesmo sexo
é a própria negação do conceito bíblico de família, que é, como se vê
claramente em Gn 2:24, que diz que uma família se constitui quando um varão
deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher e se constituem em uma só carne.
Não é possível que uma união de pessoas do mesmo sexo possam constituir uma
família, pois Deus criou a família com propósitos que exigem a
heterossexualidade, entre as quais, a procriação e a complementaridade afetiva
e emocional, que só é possível diante de uma união entre pessoas de sexos
diferentes. Se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o
princípio, a raça humana não teria subsistida. Sem dúvida, o ajuntamento
homossexual é uma excentricidade e uma abominação aos olhos de Deus(ler Lv
18:22). Também, no mesmo texto de Genesis 2:24, Deus indica que a vontade dele
é que o casamento seja monogâmico, assunto já estudado na Aula anterior.
3. Que
haja tratamento imparcial e respeito mútuo entre o homem e a mulher. Ao
contrário do que se propaga pela mídia, a Bíblia jamais defendeu a supremacia
do homem sobre a mulher, pois, para Deus, não há acepção de pessoas (Dt 10:17;
At 10:34). Neste mundo, por causa do pecado, veremos sempre estruturas sociais
que discriminam a mulher, mas isto não significa que seja esta a vontade
divina. Muito pelo contrário, o modelo bíblico e o exemplo de Jesus mostram-nos
que Deus sempre tratou homem e mulher com igualdade e, na igreja, assim devemos
também proceder. Homem e mulher têm o mesmo valor diante de Deus. No entanto, e
isto é fundamental, Deus criou o homem macho e fêmea (Gn 1:27), ou seja, homem
e mulher, embora tenham o mesmo valor diante do Senhor, são diferentes,
complementares, de modo que homem e mulher têm diferentes estruturas físicas e
psicológicas, devendo, pois, ter tarefas e atividades diversas. Homem e mulher
têm atividades diversas, que se completam, sendo tratados igualmente por Deus e
devendo, assim, tratar-se com imparcialidade e respeito mútuos.
4. Que haja a fase pré-matrimonial: Namoro e
Noivado. Na rota do casamento, em tempos idos, o namoro e o
noivado eram duas as fases pré-matrimonial. Todavia, nos tempos hodiernos, a
juventude criou uma nova fase: o “ficar”. Ao que tudo indica, “ficar”
é manter um relacionamento sem qualquer compromisso de estabilidade e de
exclusividade. É o poder estar juntos, relacionando-se fisicamente, sem
qualquer compromisso de exclusividade, de fidelidade, de estabilidade. No “ficar”
não se pode exigir fidelidade amorosa. Tudo o que existe entre o casal de
jovens se resume naquele momento que “ficam juntos”. Terminado esse momento,
cada um segue o seu caminho como se nada tivesse havido, até um novo “ficar”.
Isso não é condizente com a vontade de Deus.
Acreditamos que entre os jovens
cristãos não deva ser proibido um relacionamento com base na amizade e no amor
cristão, mesmo sem qualquer compromisso sentimental. É claro, que não nos
moldes do “ficar”, pois, neste tipo de relacionamento se permite, na
expressão dos jovens, “dar aqueles amassos”.
a) Namoro. O namoro
é um período para se lançar as primeiras pedras que irão formar o alicerce de
uma sólida construção. Construção que começa com erros de base não pode
terminar certa. O namoro é a primeira fase da formação de uma nova Família. É
claro que, lá fora, no mundo, tudo mudou; alguns reflexos dessa mudança
alcançou, também, o “arraial dos Santos”. Vamos, contudo, pensar que nós, na
Igreja, continuamos, não vivendo num sistema considerado antiquado, mas num
sistema que prima pela santificação, conforme o modelo estabelecido pela Bíblia
Sagrada, e que o namoro entre os nossos jovens seja, ainda, um compromisso
sério que tem como objetivo final o casamento.
Que o namoro continue sendo uma
fase bonita de convivência entre jovens, ainda com mais palavras de romantismo
e menos contato físico, com mais amor e menos interesse, com mais contemplação
e menos ação. Contudo, sem radicalismos!
b)
Noivado. O noivado deve ser a fase pré-nupcial. Representa um
compromisso de casamento. É a ante-sala de enlace matrimonial. Deve
equivaler-se ao “desposar”, usado nos termos bíblicos, tais como “...estando
Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem achou-se ter
concebido do Espírito Santo”(Mt 1:18). O “desposar”, contudo, pela Lei de
Moisés, tinha bases muito mais seguras em relação ao noivado, conhecido entre
nós.
É claro que, aqui, estamos
tratando do assunto sob o ponto de vista bíblico. Sabemos que, lá fora, no
mundo, o noivado tem, muitas vezes, o sentido de liberdade e permissividade,
conferindo aos noivos alguns direitos e privilégios que a Palavra de Deus
reserva e só confere aos casados.
Não queremos, e não devemos, ser radicais e antiquados, porém, pela Bíblia, o casal se torna uma só carne, pelo casamento. Não é, pois, uma questão de ponto de vista, ou de ser moderno, ou antigo, o aceitar como normal o relacionamento sexual antes do casamento. É uma questão de obediência à Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Não queremos, e não devemos, ser radicais e antiquados, porém, pela Bíblia, o casal se torna uma só carne, pelo casamento. Não é, pois, uma questão de ponto de vista, ou de ser moderno, ou antigo, o aceitar como normal o relacionamento sexual antes do casamento. É uma questão de obediência à Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
O verdadeiro objetivo do noivado
é o de ser uma fase preparatória para o casamento. A conquista do amor um do
outro consolidou-se na fase do namoro. O casal concluiu que deveria prosseguir
rumo ao casamento e, com o noivado, assumiu publicamente, um compromisso,
envolvendo, também, suas famílias e sua Igreja Local.
O noivado, no nosso entendimento,
é um compromisso de casamento. Um compromisso assumido por duas pessoas
responsáveis não pode ser desfeito sem justa causa. Todavia, em havendo justa
causa capaz de comprometer a felicidade e a estabilidade do casamento, então, o
noivado, não apenas pode, como deve ser rompido.
Cuidado
com o “jugo desigual”
Conforme disse o pastor Elinaldo
Renovato, essa expressão, "jugo desigual", tem origem no texto de
Paulo em 2Coríntios 6:14-18. O apóstolo exorta quanto ao perigo do relacionamento
íntimo do cristão com pessoas não cristãs, a quem chama de "infiéis".
Não se trata de evitar o relacionamento cordial ou social com vizinhos, colegas
de trabalho, ou da escola. Mas sim, de relacionamento que implique em
"comunhão" de ideias, pensamentos, emoções, afetos e intimidades (2Co
6:14b).
Muitos têm pago um preço muito
alto por desprezarem esse ensino da Palavra de Deus. Entendendo que, na igreja
local, não há um jovem ou uma jovem para namorar, noivar e casar, acabam
envolvendo-se com colegas de trabalho, da escola, da faculdade; com um parente
simpático; com um amigo bonito; ou uma amiga agradável, porém não crentes. Isso
pode ter sua lógica, no aspecto humano. Mas, na visão de Deus, é desobediência
a seus princípios. Alguns, por misericórdia de Deus, escapam de maiores
consequências. Outros, infelizmente, afundam num casamento infeliz, sem união,
sem amor, sem paz, sem a bênção de Deus. É melhor ficar solteiro, ou solteira,
do que ter um casamento sem a presença de Deus. “...as más conversações
corrompem os bons costumes”(1Co 15:33).
II.
O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
O casamento cristão deve ser construído sobre as bases do
amor a Deus e do amor conjugal verdadeiro. É a única forma de união consagrada
por Deus para a constituição da família, objetivando o bem-estar do ser humano
em todos os aspectos da vida. Quando Deus instituiu a família, disse que o
varão e a mulher deveriam “unir-se em uma só carne”, “deixando” pai e mãe e
havendo, entre marido e mulher um “apego”, apego este que é, precisamente, o
amor “ágape”, o amor originado em Deus, que é a essência de todo
relacionamento familiar.
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo não deixa qualquer
dúvida quanto a natureza deste amor ao fazer um paralelo entre o amor conjugal
e o amor que existe entre Cristo e a igreja, ou seja, confirma que o amor que
deve existir entre os cônjuges é o mesmo tipo de amor que Deus revelou à
humanidade através da obra de Jesus.
A Bíblia Sagrada diz que Deus é amor (1João 4:8b). Portanto, a sua obra-prima na
humanidade, a saber, a família, não poderia ter outro elemento que a
caracterizasse senão a marca do seu Criador: o amor. Portanto, não é possível
concebermos as relações familiares sem este amor, o amor que não é o
proveniente do ser humano, mas o amor desinteressado e incondicional, cuja
fonte é o próprio Deus.
Vimos na Aula anterior, que a família, biblicamente
falando, deve nascer do casamento, que é este gesto de deixar pai e mãe e se
unir a uma pessoa do sexo oposto para com ela formar um novo projeto de vida.
Ora, o móvel que deve nortear este deixar e o subsequente unir não é outro
senão o amor, o chamado “amor conjugal”, que nada mais é que o mesmo amor
existente em Deus, mas aplicado para a formação de uma família. Uma família não
pode ser construída nem sustentada se não houver este amor entre os cônjuges e
tem sido este um dos principais fatores que têm levado à crise familiar dos
nossos dias.
É indispensável que, já no início do relacionamento, homem
e mulher devam verificar qual é o sentimento que os aproxima. Não podemos
iniciar um relacionamento única e exclusivamente porque nos sentimos atraídos
fisicamente por alguém, ou porque nutrimos com a pessoa alguma simpatia, um
sentimento de bem-estar que seja superficial, que busque apenas o seu próprio prazer
e benefício. É preciso que tenhamos a convicção de que o que sentimos em
relação a quem tencionamos conviver é um sentimento muito mais profundo, o
desejo de fazê-lo bem, de torná-lo feliz, de ter prazer e se sentir bem em
saber que este alguém terá êxito e sucesso ao nosso lado e, o que é
fundamental, que há a intenção nítida e clara dos dois em unir seus destinos,
em construir uma única vida em comum, em compartilhar dos mesmos sonhos, planos
e projetos.
1. O amor
do marido pela esposa. Ao falar do amor que o marido deve devotar à mulher, Paulo afirma que o
marido deve amar a mulher assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela (Ef 5:25). Ora, este mandamento bíblico revela quão equivocados
estão os “machistas”, que entendem que o marido é superior à mulher e
que, como “cabeça da mulher”, devem mandar e desmandar.
O marido é, sim, a cabeça da mulher, mas assim como Cristo é a
cabeça da Igreja(Ef 5:23), isto é, ser cabeça não significa apenas liderar, mas
estar disposto a morrer pela mulher. Ser cabeça não significa apenas liderar,
mas amar a mulher a ponto de se despojar de sua autoridade, de sua posição,
para obter o bem-estar, o prazer e a felicidade da mulher. Ser cabeça não
significa apenas liderar, mas estar disposto a trabalhar dia e noite para que a
mulher tenha conforto, consolo e gozo. Ser cabeça não significa apenas liderar,
mas estar disposto a curar as enfermidades do relacionamento, a fortalecer as
fraquezas da mulher, a perdoar infinitamente as falhas e imperfeições da mulher.
Ser marido é saber liderar, com mansidão e humildade de coração, é
compadecer-se das dores e sofrimentos da mulher, é ter compreensão, é discernir
as más intenções daqueles que se aproximam de nós, é ser uma fonte de
esperança, é ser uma companhia que nos faça sentir que Deus está conosco (ou
seja, ser “Emanuel”). Como vemos, ser marido é muito mais e algo bem diferente
do que um mandão recalcado e que se sinta rei absoluto e inatingível nas quatro
paredes do seu lar.
O marido deve tomar a iniciativa de mostrar o seu amor em família,
pois foi assim que Cristo agiu, descendo da Sua glória, humanizando-se e,
depois de batizado, começando a cuidar dos negócios de seu Pai. O marido deve
mostrar a sua mulher que a ama, fazendo-o das mais diferentes formas, mas
sempre com mansidão e humildade de coração, pois foi assim que Jesus sempre
fez.
O marido deve ser alguém que seja um ensinador e um pregador do
Evangelho na sua casa, mas não deve apenas pregar e ensinar, mas também viver,
pois foi assim que Jesus fez em relação à igreja (At 1:1). O marido, nas dificuldades, deve
ser aquele que as enfrentará, que perguntará a sua mulher o que quer que seja
feito, pois foi assim que Jesus agiu em relação aos necessitados (Lc 18:41; João 5:6). O marido não deve ser reativo,
ou seja, aguardar que lhe chamem para que tome alguma providência, mas deve ir
em direção ao problema, assim que detectado.
O marido não deve ser alguém orgulhoso e que se recusa a servir os
demais integrantes da família, inclusive a mulher, mas, como Jesus, deve ter a
noção de que existe na família para servir e não para ser servido (Mt 20:28), para dar a sua vida para que os
demais familiares tenham melhores condições de vida, em especial, de vida
espiritual.
O marido não deve fazer a sua mulher e seus filhos sofrer, mas deve
sofrer por eles, assim como Jesus não fez a igreja sofrer, mas sofreu por ela.
Neste particular, aliás, reproduzimos, aqui, um pensamento judaico, do Talmude
(o segundo livro sagrado do judaísmo): “…um homem não deve fazer uma mulher
chorar, pois Deus conta as suas lágrimas…” (apud
Nathan AUSUBEL. Relações
familiares, esquemas tradicionais de. In: A Judaica, v.6, p.707). E tanto conta
as lágrimas, que a Bíblia diz que o marido que maltrata a mulher tem suas
orações impedidas (1Pe 3:7). Cuidado, irmão, não será este, talvez, o motivo por que
anda sentindo que suas orações não estão sendo ouvidas no céu?
Por fim, o marido deve cumprir toda a missão que lhe foi ordenada por Deus e
fazer com que sua família se chegue à presença do Senhor, tenha com Ele
comunhão, glorificando ao Pai, assim como Jesus fez em relação à igreja (João 17:4; Hb 10:19-22).
2. O amor da esposa pelo marido. Dizem as Escrituras que a mulher
deve se sujeitar ao seu marido, assim como ao Senhor (Ef 5:22,24), que as mulheres devem
reverenciar o seu marido (Ef 5:33). Assim, dentro do paralelo estabelecido por Paulo no
relacionamento entre Cristo e a Igreja, podemos dizer que a mulher está isenta
de amar o seu marido? De modo algum, porque o que caracteriza a sujeição da
igreja a Cristo é única e exclusivamente o amor, como vemos dito pelo próprio
Senhor em João 14:15,21 e 15.14. O segredo, portanto, da sujeição da mulher ao marido, da
reverência da mulher ao marido é a existência de amor da mulher pelo marido.
A mulher se caracteriza pela sensibilidade. A mulher é
muito mais emocional e sensitiva que o homem, sendo, por isso mesmo,
considerado o vaso mais fraco, daí porque deve o marido ter muito cuidado ao
tratar com sua mulher, pois as chances de magoá-la e entristecê-la são muitas.
No entanto, a mulher, no seu amor com seu marido, deve fazê-lo como ao Senhor,
ou seja, é necessário, indispensável que a mulher ame o seu marido do mesmo
modo que ama Jesus. E como devemos amar Jesus? Devemos amar Jesus:
a) porque Ele nos amou primeiro (1João 4:19). Assim a mulher deve amar seu marido, porque o marido
tem demonstrado seu amor à mulher, tem tomado esta iniciativa.
b) porque Ele provou que nos ama, morrendo por nós
quando ainda éramos pecadores (Rm 5:8). Assim a mulher deve amar seu
marido, porque o marido tem se sacrificado por sua mulher, ainda que ela tenha
apresentado falhas e imperfeições.
c) com exclusividade (At 4:12). Jesus é o nosso único e suficiente
Senhor e Salvador. Assim, também, a mulher deve se comportar em relação ao
marido: é o seu único e suficiente marido. A mulher é sensível, facilmente
atraída pelo coração a pessoas e coisas, mas deve, como mulher casada, impedir
que qualquer coisa a faça dividir o lugar que seu marido deve ter em seu
coração, o que nem sempre é fácil, notadamente quando a mulher também é mãe e,
nos nossos dias, quando trabalha fora e tem uma tendência a se ligar
sentimental e emocionalmente a seus afazeres profissionais. O coração da
mulher, entretanto, deve ter um departamento exclusivo para seu marido,
dedicando-se a ele com intensidade. Quando verificamos a descrição da mulher
virtuosa na Bíblia Sagrada, vemos alguém que, apesar de todos os seus afazeres
e atividades, tem sempre uma preocupação permanente: o de agradar e tornar as
coisas mais fáceis para o seu marido.
O amor da mulher tem de ser demonstrado, não é apenas uma atitude de
carinho, afeto, mas deve ser expresso por atos concretos e reais. A mulher tem
de despertar no seu marido credibilidade e confiança. A Bíblia diz que a primeira
característica da mulher virtuosa é exatamente a confiança e credibilidade que
tem junto ao seu marido (Pv 31:11), que é o pressuposto para que realize tudo aquilo que
está descrito naquele texto. Se a mulher não tivesse a credibilidade do marido,
poderia administrar a casa, como ali é descrito? Poderia comprar e vender?
Produzir e conservar a sua residência? Muitas mulheres não despertam confiança
em seus maridos e, por isso, não têm esta liberdade que tinha a mulher
virtuosa, inclusive no aspecto econômico-financeiro. Antes de reclamar, querida
irmã, por que o seu marido não tem conta bancária conjunta com a você, por que
não lhe dá um cartão de crédito, por que não lhe diz quanto ganha, examine-se e
pergunte: tenho agido de forma a despertar confiança em meu marido? Talvez aí
esteja a razão de tantos dissabores em sua vida conjugal. Pense nisso!
III.
A FIDELIDADE CONJUGAL
Um dos compromissos assumidos no
casamento é a fidelidade conjugal. É, sem dúvida, um dos maiores pilares de
sustentação do casamento. Segundo o pastor Elinaldo Renovato, a segurança
espiritual e emocional do casal depende da fidelidade que cada um devota ao
outro. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do casamento não são
preparadas para suportar a infidelidade. Esta tem efeito devastador no
matrimônio, no lar e na família.
Mas, infelizmente, nestes últimos
dias da Igreja, Satanás tem se utilizado desta arma contra o casamento. “Ninguém
é de ninguém”, costuma-se dizer e se propaga a tolerância e a admissão de
“aventuras extraconjugais” por parte de marido e mulher, chegando mesmo a se
dizer que tal comportamento reforça a “sexualidade” e o “afeto” entre os
cônjuges. Mentiras satânicas que têm por objetivo tão somente a disseminação da
impureza sexual. A Bíblia é bem clara a este respeito: “Não erreis: nem os
devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1Co 6:10) e,
ainda, “aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”
(Hb 13:4b). Por fim: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se
prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a
mentira” (Ap 22:15). Em outras palavras: quem dispensar a fidelidade
conjugal, caminhará para a perdição eterna.
Conforme disse o pastor Elinaldo
Renovato, quando os crentes se casam, assumem o compromisso, perante Deus,
perante sua Igreja, perante as testemunhas e perante a sociedade, perante a lei
civil que regula o matrimônio. O casamento não deve ser visto como um
"contrato". Contrato tem cláusulas, que podem sofrer modificações
mediante o instrumento de aditivo contratual. No casamento não há aditivo. Há
pacto solene, celebrado perante o criador do casamento (Ml 2:14). Os contratos
têm prazo de vigência. O casamento é uma aliança, que deve perdurar "até
que a morte os separe". E, para que isso ocorra, é indispensável a
fidelidade entre os cônjuges.
Para evitar a infidelidade, é
necessário que o casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus. O
esposo, amando sua esposa de todo o coração, como Cristo ama à Igreja. A
esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor. Em
termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do
amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um
dos cônjuges. Amém!
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto acima,
pergunto: estas bases estudas – a vontade de Deus, o amor e a fidelidade -,
estão presentes diariamente em seu casamento? Deus é o principal motivador em
seu lar? Você o tem convidado para fazer parte de suas vida? Lembre-se: Nunca é
tarde para colocar estes princípios em evidência em sua vida. Você pode começar
a partir de hoje a desenvolver o seu relacionamento conjugal através de suas
ações e através do diálogo, praticando a responsabilidade, a fidelidade e o
amor. Deus, neste dia está presente para abençoá-la (o) e ensiná-la (o) na
medida que você o convidar para ser Senhor de sua vida.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI – EDITORA VIDA.
Revista Ensinador Cristão – nº 54 – CPAD.
Comentário Bíblico Beacon, – CPAD.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal.
A Família Cristã(e os ataques do
inimigo) – Elinaldo Renovato – CPAD.
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