Texto
Base: Êxodo 18:20-23
Subsídio
para lição 04 – Educação Cristã Continuada
"Eu
sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas..." (João 8:12 )
INTRODUÇÃO
Valorizar as
pessoas é o segredo do sucesso de qualquer líder inspirador. Veja o exemplo de Davi e seus 400 valentes - "E ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo
homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe
deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1Sm 22:2). Davi, quando no deserto,
humilhado, rejeitado e perseguido, fez com que um grande grupo de seguidores se
achegasse a ele. Os primeiros eram em sua maioria estrangeiros em dificuldades,
homens rudes e problemáticos, no entanto, Davi valorizou-os: recebeu, acolheu,
ensinou e preparou-os. Também se chegaram a Davi muitos de seus irmãos de
Israel (1Sm 22.1-5; 23.13); a princípio, eram 400 homens "em aperto",
mas logo o número chegou a 600 (1Sm 22.2; 25.13). Esses eram os homens que Deus
deu a Davi para liderar, e Davi os liderou com maestria. Ele
fez com que esses homens tivessem um senso de companheirismo e devoção a Deus.
Com esse comportamento, Davi teve pleno êxito em todas as
suas empreitadas.
Liderar não é uma
tarefa simples, pelo contrário, liderança exige paciência,
disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a igreja é um organismo
vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos.
I
- ESTILOS DE LIDERANÇA
A liderança é
classificada em dois estilos podendo ser autocrático ou democrático, dependendo
do líder centralizar ou compartilhar a autoridade com seus liderados. Estes
estilos são reconhecidos desde a Antiguidade clássica.
1.
Autocrático. Neste estilo, o poder é centralizado e a hierarquia
é determinante para definir o comando. Não há diálogo ou discussão de ideias; o
chefe impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação
deste; ele manda e os empregados obedecem cegamente. As principais decisões são
tomadas por ele, que estabelece as regras para cumprimento das "suas"
decisões. O trabalho é frequentemente monitorado de perto sob ordens,
promessas ou ameaças. A coação e a punição estão presentes como forma de
manipulação. As simpatias e antipatias pessoais interferem nas relações de
trabalho. O estilo autocrático pode degenerar e tornar-se patológico,
transformando-se no autoritarismo exacerbado.
Na Igreja, este comportamento não
é tolerado pelo Espírito Santo, haja vista que o líder é apenas um mordomo, um
despenseiro, ele apenas está autorizado a desenvolver métodos, os quais estão
subordinados aos princípios estabelecidos na Palavra de Deus, que é a
constituição inalterável da Igreja. O apóstolo Paulo recomenda aos senhores
patrões, que eram cristãos, que não ameaçassem os seus escravos – “...não os
ameaçai...” (Ef 6:9). Paulo disse a esses senhores que se lembrassem de que
ambos, senhor e escravo, tinham o mesmo Senhor no Céu. Embora os cristãos
possam estar em níveis diferentes na sociedade terrena, somos todos iguais
diante de Deus. Com Deus, “não há acepção de pessoas”; ninguém é mais
importante do que qualquer outro.
Um líder autocrata é
impaciente e presunçoso. Acredita que, na sua maioria, as pessoas
mostram-se passivas e resistentes, precisam ser impelidas,
"motivadas" e controladas para a concretização das tarefas. Veja o
caso de Saul (1Sm 13:8-12). O Senhor tinha ordenado diretamente a Saul
que esperasse em “Gilgal” até que chegasse Samuel, o qual ofereceria
sacrifícios e lhe daria instruções (1Sm 10:8). Deus testou a obediência de Saul
mediante a demora deliberada de Samuel, além dos sete dias combinados. Em desespero
(1Sm 13:8) e presunção (1Sm 13:9), o próprio Saul resolveu oferecer
um sacrifício, de modo contrario à Palavra de Deus. Por Saul não ter cumprido o
mandamento do Senhor, Samuel lhe disse que Deus lhe tiraria o reino (1Sm
13:13,14). É necessário estar cônscio de que o líder do povo de Deus tem uma
autoridade delegada, isto é, a liderança vem da escolha de um superior. Deus é
quem escolhe aquele que vai ser o líder do seu povo.
Em suma, pode-se
assim detalhar as características relacionadas com este estilo de liderança:
·
Apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer
participação do grupo.
·
O líder determina as providências e as técnicas para a execução
das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo
imprevisível para o grupo.
·
O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e
qual o seu companheiro de trabalho.
·
O líder é dominador e é "pessoal" nos elogios e
nas críticas ao trabalho de cada membro.
2.
Democrático. Este estilo de líder trabalha com a constante
preocupação de que o grupo participe das decisões, estimulando e orientando,
acatando e ouvindo opiniões e é ponderado antes de agir. Ele determina, junto
com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para
alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e
elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões. Acreditamos que a ação do
líder democrático é de suma importância para o progresso e crescimento da
Igreja local. Desse modo, observa-se que o grupo interage melhor, participa,
colabora e se entusiasma com o trabalho desenvolvido ou a desenvolver.
Em suma, pode-se
assim detalhar algumas características relacionadas com este estilo de
liderança:
·
O líder se preocupa com a participação do grupo,
estimulando e orientando. Ouve as opiniões da equipe e determina junto com ela
os objetivos desejados e as tarefas a serem realizadas.
·
O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para
atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando
este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas
ganham novas perspectivas com os debates.
·
A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e
cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.
·
Trabalha com o grupo, permitindo-o fazer escolhas e
participar de maneira significativa na tomada de decisões.
·
É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios.
Limita-se aos "fatos" em suas críticas e elogios.
·
Frequentemente pede sugestões e nomeia líderes intermediários,
dando-lhes responsabilidades específicas.
3.
Equilíbrio. O líder deve ser equilibrado e
qualificado a dar condições favoráveis ao seu desenvolvimento, sendo flexível e
usando métodos apropriados para lidar com os variados tipos de pessoas e
situações. Na Igreja, o estilo mais apropriado a ser aplicado deve ser o
democrático, porém, sem a influência teocrática torna-se muito tendencioso ao
estilo liberal (anárquico). Como eu disse supra, os lideres devem ter
consciência que eles são apenas autoridades delegadas por Jesus Cristo - o
líder por excelência -, que os capacita com dons (Ef 4:11). Para se realizar um
determinado trabalho, os lideres devem buscar a vontade de Deus. Desta feita,
deve prevalecer o equilíbrio entre teocracia e democracia, jamais a autocracia
ou ditadura pastoral.
Um exemplo que podemos citar de
líder equilibrado, dentro da vontade de Deus, foi Josué. Ele foi um exemplo de
líder que Deus precisa. Podemos medir o sucesso da liderança de Josué
pelo versículo 31 do capítulo 24 de Josué: “Serviu, pois,
Israel ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que
sobreviveram a Josué e que sabiam toda a obra que o Senhor tinha feito a favor
de Israel”. A sua liderança impactou, todo o povo de Israel que, após muitos anos,
o povo se manteve fiel e não se afastou de Deus, mesmo após a sua morte, sob a
liderança dos anciãos que viveram sob a sua liderança.
Josué é o exemplo do líder que
consegue expandir sua liderança, para além da sua presença física. O homem
passa, mas o exemplo continua falando. Existem líderes, que de longe a sua
presença é esmaecida, porque não conseguem ou não permitem que outros sejam
espelhos de suas ações.
Nunca a Igreja de Cristo esteve
tão necessitada de líderes desta estirpe, gente sem o ego inflado pela pequenez
da visão. São líderes com estas características que o apóstolo Paulo recomenda
ao seu colaborador Tito: ”Por esta causa te deixei em Creta, para que
pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses
presbíteros, como já te mandei: aquele que for irrepreensível, marido de
uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução
nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível como
despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem
espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do
bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é
conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados,
faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, aos quais
convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância”.
II
- ACREDITAR NAS PESSOAS
Ninguém lidera sozinho. Para ser
líder, faz-se necessário que haja pessoas para serem lideradas. Todavia é
preciso acreditar nelas e investir nelas para que elas possam atingir sua
missão (Ef 4:11,12).
1.
Relacionamento. O líder dentro do Plano de Deus tem um bom
relacionamento com os seus liderados, consigo mesmo e com Deus. É o segredo do
sucesso. Ele compartilha sua visão, inspira e contribui para a concretização
dos alvos traçados, esperando sempre o melhor dos seus liderados. Foi assim que
aconteceu com Josué, com Davi e com Neemias. Este, jamais teria êxito em seus
planos(que era o mesmo plano de Deus), se ele não tivesse um relacionamento
sadio e harmônico com os seus liderados.
No relacionamento com as pessoas,
o líder tem plena consciência de que todos podem fazer a mesma coisa que ele
faz. Ele sabe que liderar é dar
oportunidade aos outros e incentivar a motivação deles; os gansos estão aí para
nos ensinar isso com seus vôos. Quando os gansos voam em forma de “V”,
eles o fazem a uma velocidade 70% maior do que se estivessem sozinhos.
- Eles trabalham em equipe –
Quando um ganso que está no ápice do “V” se cansa, passa para trás da formação
e outro se adianta para assumir a ponta.
- Eles partilham liderança –
Quando algum ganso diminui a velocidade, os que estão atrás grasnam encorajando
os que estão na frente.
- Eles são amigos – Quando um
deles, por doença ou fraqueza, sai da formação, outro, no mínimo, se junta a
ele, passando a ajudá-lo e protegê-lo.
- Eles são solidários – Sendo
parte de uma equipe, nós podemos produzir muito mais e mais rapidamente.
Com Cristo aprendemos que
líder não é chamado para dominar, ele é chamado para servir (ler Mt 20:25-28).
Um pessoa é líder quando tem consciência de que precisa estender as mãos, que
consegue ver solução para as coisas, que está pronta a servir e a agradecer.
Agir assim é demonstrar um relacionamento saudável com as pessoas, e que
certamente produzirá um terreno fértil onde brotará todo o potencial dos
liderados.
O autocontrole e a autodisciplina são os
fundamentos do bom relacionamento com as pessoas, pois, uma vez que respeitamos
a visão do outro e conseguimos perceber as suas diferenças e afinidades
espontâneas, teremos sempre a ideia de aceitar ou não, sem nos acharmos
soberanos.
2.
Disposição. “Embora o povo possa desviar-se facilmente dos
propósitos divinos, quer por desobediência ou por falta de confiança no Senhor,
o líder deve permanecer zelando pelo rebanho, instruindo-o, alimentando-o e
inspirando-o, enquanto busca elevar a sua disposição de servir a Deus. O povo
de Israel, embora desobediente, às vezes queria aprender e procurava a direção
de Deus pare enfrentar as dificuldades em que se
encontrava (Êx 18.15). A despeito de suas fraquezas, eles buscavam aceitar o
julgamento de Deus em suas disputas pessoais, lutavam corajosamente contra os
inimigos, qualidade; reconhecidas por Moisés em sua disposição de ajudá-los”.
3.
Intercessão. O verdadeiro líder inspirador se coloca entre Deus
e seu povo, levando as necessidades de seus liderados perante o Senhor com
confiança e humildade. Veja o exemplo de Moisés. Quando a ira do Senhor se
acendeu contra o povo, de tal maneira que Deus sugeriu consumi-los e fazer de
Moisés uma grande nação, a reação de Moisés foi interceder junto a Deus com o
rosto em terra, pedindo que desistisse de fazer tal mal ao povo (Dt 9:26).
"Então, o Senhor arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao
seu povo" (Êx 32:14).
III
- MOISÉS, O EXEMPLO
Moisés, até hoje, é o grande
exemplo seguido pelo povo de Israel. O Senhor formou este homem para libertar
Seu povo da escravidão do Egito, bem como para fornecer a lei a Israel, o aio
que conduziria os israelitas a Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Desde muito
cedo, Moisés manifestou empatia pelas pessoas, interessando-se por seus sentimentos
e necessidades, buscando sempre oportunidades para ajudá-las (Êx 2:11-19;3:4).
A Igreja tem muito a aprender com Moisés, pois também há a necessidade de a
liderança ser plasmada pelo Espírito Santo até que o Senhor venha buscar a sua
Igreja.
1.
Humildade. Quando Moises foi chamado por Deus (Ex 3:10), no Monte
Horebe, para libertar o pode Israel do Egito, reconheceu diante do Senhor a sua
nulidade: “Quem sou eu que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? “(Ex
3:11). Moisés dá um passo importante para se tornar líder: elimina o seu
“eu”. Isso é humildade. Ah! se muitos líderes no meio do povo de Deus
tomassem esta decisão de anular o seu “eu” e compreender que sem Jesus nada
pode ser feito! (João15:5). Se dissessem “quem sou eu”, teriam boa parte dos
problemas que hoje enfrentam resolvidos. Foi por ter achado que era ninguém que
Moisés, antes de criar um obstáculo, credenciou-se para ser o libertador do
povo de Israel.
2. O líder não confia em suas habilidades, mas confia na direção
de Deus. Quando Israel saiu do Egito, Moisés, embora
tivesse sua liderança confirmada pelos fatos, não deixou de reconhecer que o
senhorio era de Deus. Saindo do Egito, não tomou o caminho que lhe pareceria
mais fácil, mas seguiu a direção de Deus. Moisés estava à frente do povo, mas a
orientação, a direção era de Deus (Ex.13:17). Que exemplo a ser seguido!
3. Um
líder deve ter iniciativa, mas uma iniciativa de acordo com a vontade do Senhor. Uma vez
Deus tendo dito o que fará, cabe ao líder, que sabe se comunicar com os seus
liderados e que se apresenta legitimado por estar na direção de Deus, dar o
primeiro passo para que tenha a vitória sobre o inimigo. A passagem do mar
Vermelho foi um grande teste na vida de Moisés. Embora na direção de Deus, de
uma hora para outra, Moisés se viu em uma situação sem saída. Atrás, vinha
Faraó e seu exército e, à frente, estava o mar. Moisés, uma vez mais, clamou a
Deus, mas o Senhor simplesmente mandou que Moisés dissesse ao povo que
marchasse (Ex 14:15). Há instantes na vida do líder em que é preciso que haja
uma iniciativa do líder. O Senhor já havia dito a Moisés o que iria fazer (Ex
14:1-14) e, por isso, nada mais cabia a Deus fazer senão esperar a iniciativa
do líder e do povo de Israel. Moisés ergueu o cajado, estendeu a mão e um vento
fez com que se abrisse um caminho seco no mar. O povo passou e foi seguido pelo
inimigo que, porém, foi destruído no mar. Tudo aconteceu para que o povo
pudesse ver a grande mão poderosa do Senhor e cressem em Deus e em Moisés, Seu
servo (Ex 14:31).
4. O
líder exemplar exalta única e exclusivamente a Deus e também leva o povo a
fazê-lo – “Então, cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao
SENHOR; e falaram, dizendo: Cantarei ao SENHOR, porque sumamente se exaltou;
lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Êx 15:1). Em
gratidão a Deus, Moisés fez um cântico e cantou com o povo. Cantava a Deus
porque o Senhor havia Se exaltado e derrotado os inimigos do povo. Moisés
louvava a Deus e, publicamente, engrandecia o nome do Senhor. Não se
vangloriara pela posição que estava a ocupar, nem tentou tirar vantagem desta
grande vitória para o seu ministério, mas se limitou a engrandecer o nome do
Senhor, a mostrar que Deus era o Deus de seu pai, que deveria ser exaltado, que
Ele era varão de guerra, que Seu nome era “Eu Sou o que Sou”. Que exemplo de
humildade de espírito, que espírito de adoração!
Moisés ensina-nos, neste cântico,
que foi Deus quem despedaçou o inimigo, que Deus é santo, que Deus é o único
Deus, que Deus é poderoso, que Deus é beneficente, que Deus é salvador, que
Deus é o guia do Seu povo, que Deus é rei e que iria conduzir o Seu povo para a
Terra Prometida. Deus é tudo e só Ele deve ser adorado e louvado. Era este o
ensino de Moisés, o cântico que ensinou Israel a cantar. Tem sido esta a nossa
mensagem aos nossos liderados?
5. O
líder exemplar é receptivo aos conselhos. Moisés aceitou receber um
conselho da parte de seu sogro, Jetro. Ao ver que Moisés decidia sozinho todas
as causas do povo, que se aglomerava numa verdadeira “fila do INSS” todos os
dias para ser atendido por ele, Jetro, dentro de sua experiência, sugeriu a
Moisés que efetuasse a descentralização do poder, resolvendo apenas as causas
mais graves, criando maiorais de mil, de cem, cinquenta e de dez para resolver
as “pequenas causas”, trazendo agilidade e paz para o povo de Israel. Moisés
prontamente atendeu ao conselho de Jetro (Ex 18:24), demonstrando ser uma
pessoa humilde e receptiva a críticas. Que grande qualidade de um líder: o de
ouvir conselhos.
Muitos, na atualidade, são
arrogantes e soberbos, “sabichões”, que não aceitam os conselhos de pessoas
mais experientes e que muito podem ajudar na eficácia da liderança. Se é certo
que o líder deve seguir a orientação divina, também é certo que Deus, como
escolheu um povo, põe à disposição dos líderes pessoas que têm capacidades e
habilidades para dar bons conselhos e auxiliar no sucesso e êxito da obra do
Senhor.
Salomão, o homem mais sábio de toda
a terra, não abriu mão dos conselheiros e, inspirado pelo Espírito de Deus,
disse o seguinte: “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a
multidão de conselheiros, se confirmarão” (Pv 15:22).
O apóstolo Paulo ensinou-nos que
a igreja é como um corpo, ou seja, tem vários membros que dependem uns dos
outros. Assim sendo, não há como uma pessoa sozinha ter o encargo de todo o
povo. Necessário se faz que haja um corpo organizado de auxiliares, de pessoas
capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza e que
possam ter poder decisório sobre todo negócio pequeno, aliviando, assim, a
carga do líder, pois, na igreja, devemos levar as cargas uns dos outros, pois
esta é a única maneira de cumprirmos a lei de Cristo (Gl 6:2).
6.
Responsabilidade. Quando os israelitas mostraram sua fraqueza e
caíram em pecado, ficou claro que precisavam de mais ensino e orientação. Eles
eram tanto o povo de Deus como o povo de Moisés (Êx 18:7-11). Deus considerava
Moisés responsável pelo povo ("o teu povo"), e ele, dependendo de
Deus, aceitara tal responsabilidade. Isso o levou, após o desastre, a organizar
novamente o povo em um corpo produtivo, ensinando-lhes a Palavra de Deus,
designando-lhes tarefas, procurando trazer à tona seus melhores talentos e dons
mais generosos, levando a cabo a grande obra de construção do Tabernáculo (Ex
31).
CONCLUSÃO
O líder que ama a Deus e também
os liderados está pronto para estabelecer relacionamentos que produzam
crescimento pessoal, satisfazendo suas necessidades, inspirando-os e se
responsabilizando por estes diante de Deus. Um homem jamais deve ser indicado
para um cargo de liderança se sua visão se concentra nas fraquezas das pessoas,
e não em suas forças. Portanto, meu caro irmão, valorize as pessoas e trate a
todos com dignidade, somente assim você terá sucesso em sua nova empreitada.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof.
EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
O Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal, CPAD.
Princípios para uma boa liderança - Pr. Cleverson de Abreu
Faria.
Moisés, um líder exemplar – Ev. Dr. Caramuru Afonso
Francisco – PortalEBD.
Ótimo subsídio professor, irei utilizar algumas partes em minha aula, citando claro a fonte.
ResponderExcluirIr. Adriano Pascoa
Soli Deo Gloria!