Lições CPAD – 4º Trimestre/2013
Texto Básico: Pv 5:1-6
13/10/2013
“Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu
poço. [...] Seja bendita o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade” (Pv 5:15,18).
INTRODUÇÃO
No
capítulo 5 de Provérbios temos a aplicação da sabedoria ao relacionamento entre
homem e mulher. Depois de um apelo inicial a favor da atenção concentrada no
ensino (5:1,2), há uma advertência muito forte contra o fascínio do pecado (5:3-6).
Em seguida, vem uma admoestação severa para se evitar a infidelidade (5:7-14).
A última parte contém um apelo insistente a favor da fidelidade no casamento (5:15-23).
O adultério é a relação sexual
entre uma pessoa casada e quem não é seu cônjuge. É grave pecado, que era
duramente apenado na lei de Moisés (Lv 20:10;
Dt 22:22). Aliás, “não
adulterarás” é um dos dez mandamentos (Ex
20:14; Dt 5:18).
Atualmente, o mundo vê o adultério como algo normal, natural e até esperado no
casamento (recente pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois terços das
pessoas esperam ser traídas por seu cônjuge e entendem ser isto natural e
compreensível). Entretanto, o adultério é abominável aos olhos de Deus, tanto
que seu alcance foi ampliado por Jesus no sermão do monte (Mt 5:27-30). Sua prática é considerada
loucura pela Palavra de Deus (Pv 6:32-35).
Com certeza, não há prática que cause tantos males e denigra tanto o caráter de
alguém senão o adultério, que, além de destruir a família, célula-máter da
sociedade, dá péssimo exemplo aos filhos que, sem o exemplo dos pais, perdem o
referencial do certo e do errado, sendo, a partir de então, alvos fáceis do
inimigo de nossas almas. O adultério é a figura da infidelidade, da própria
perdição na Bíblia, tamanho o mal que representa. A Palavra afirma que é o
próprio Deus quem julgará os adúlteros (Hb
13:4).
I – SUBSÍDIOS IMPORTANTES SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
O
sexo é uma atividade inata à natureza humana, estabelecida pelo próprio Deus e,
portanto, todo cristão deve ver com naturalidade e sem qualquer preconceito,
guiando-se unicamente pela Palavra de Deus como parâmetro de sua conduta
relativa ao assunto. Assim, a atração sexual é algo natural e que revela a
própria natureza sexuada do ser humano, devendo, porém, o instinto sexual ser
dirigido com equilíbrio para que se faça a vontade de Deus que é a de que o
sexo seja efetuado no casamento, com o cônjuge, com finalidades bem delimitadas
(Cl 3:5,6), a saber:
- A
procriação.
O sexo é a forma natural pela qual os homens se reproduzem, cumprindo com o
princípio ético da procriação (Gn 1:28).
Assim, um dos objetivos do sexo é a procriação, mas não é o único, como têm
defendido alguns setores religiosos, em especial a Igreja Romana. Fosse a
procriação a única finalidade do sexo, não haveria manutenção de relações
sexuais entre cônjuges quando um fosse estéril; isto, certamente, não ocorre,
como se vê, claramente, em diversas passagens bíblicas.
- O
ajustamento do casal.
O sexo é uma maneira pela qual se dá o ajustamento do casal, pois é uma das
principais expressões do amor conjugal. Com efeito, é através do sexo que um
cônjuge se entrega ao outro, que um cônjuge procura agradar ao outro. É uma das
expressões pelas quais se traduz a união do casal (“e serão ambos uma carne” – Gn 2:24, parte final). O amor conjugal
não se confunde com o sexo, como propala erroneamente o mundo imerso no pecado,
mas tem uma de suas expressões no sexo. O sexo praticado no modelo bíblico
revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto que diz a Palavra que o corpo
do cônjuge está sob o domínio do outro (1Co 7:4). A fase de ajustamento do casal é tão importante que a lei
de Moisés dispensava, durante um ano, o homem casado dos seus deveres cívicos,
inclusive o de ir à guerra (Dt 24:5).
- A satisfação amorosa do casal. O sexo não é visto
apenas com fim de procriação, como alguns defendem erroneamente, sem respaldo
bíblico. Em Pv 5:18,19, está
escrito que o prazer é algo próprio do sexo e que não é pecado a busca de
satisfação entre homem e mulher. O sexo dá prazer de forma natural, de modo que
não devemos ter de buscar e sentir satisfação na atividade sexual, pois é algo
que lhe é próprio. O que se condena é o abuso, o domínio do homem pelo instinto
sexual, de forma egoística e descontrolada, o que não se permite nem mesmo
entre casados, pois isto revelará um desequilíbrio, sendo certo que a
temperança, o domínio próprio, é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo
(Gl 5:22), enquanto que a
lascívia e a impureza são obras da carne (Gl 5:19).
Diante deste equilíbrio que deve haver na
atividade sexual, medidas como a prática de relações sexuais antinaturais (como
o sexo anal, o sexo grupal, o sexo com animais, por exemplo), mesmo feitas
entre casados e com mútuo consentimento do casal, são abomináveis perante Deus,
pois revelam carnalidade e descontrole do instinto sexual. Também se insere
neste contexto a inconveniência de um casal cristão frequentar locais
destinados à prática da prostituição e da licenciosidade como motéis, praias de
nudismo, “resorts” de “hedonismo” ou coisas similares a estas, bem como de
buscar excitação mediante acesso a produtos eróticos ou pornográficos. Embora o
sexo entre casados não seja proibido, mas até um dever dos cônjuges,
naturalmente os ambientes mencionados são repletos de pecado e destinados ao
pecado, não podendo, pois, uma atividade sexual santa se desenvolver em meio a
tais cenários. Ler Fp 4:8;
1Co 6:9-11.
II – AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
A infidelidade
conjugal
é um processo maligno que tem início na mente. Em uma sociedade erotizada como
a contemporânea, onde as expressões eróticas e pornográficas se tornaram mais
explícitas e ousadas, a luta contra a tentação do adultério não é uma batalha
individual, mas envolve a participação mútua do casal.
1. Falta de
sabedoria.
A infidelidade é tida como falta de sabedoria – “O que adultera com uma mulher é falta de entendimento; destrói a sua
alma o que tal faz” (Pv 6:32). Sabemos que o temor ao Senhor é o princípio
da sabedoria. Quando se perde a reverência a Deus, a insensatez toma conta do
coração do homem. Atualmente, muitos veem a infidelidade conjugal como uma
prática normal, porém os princípios de Deus são eternos e imutáveis.
Encontramos tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos sérias advertências contra
a infidelidade conjugal (Êx 20:14; Dt 5:18; Rm 13:9; Gl 5:19). Como servos de
Deus, precisamos estar atentos, pois "os lábios da mulher estranha
destilam favos de mel". A princípio, a infidelidade pode parecer doce e
prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5:4). Com a
infidelidade, vem a disfunção familiar. Ela é perigosa, é destrutiva para toda família,
para a Igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.
2. Concupiscências e carências. Não duvido que as
causas que contribuem para a infidelidade conjugal são fomentadas dentro do
próprio lar. Com o passar dos anos, o esposo e a esposa deixam de cultivar o
amor verdadeiro. Aquelas expressões de carinho dos primeiros tempos ficam
esquecidas. O afeto vai desaparecendo entre os dois. No entanto, a necessidade
de afeto continua a existir em cada um. É a chamada carência afetiva, que leva
muitos a se decepcionarem com o casamento.
As
lutas do dia-a-dia também tendem a desfazer o clima amoroso entre o casal, se
não forem adotadas providências para cultivá-lo. O lar, em muitos casos, passa
a ser uma espécie de pensão, na qual o marido é o hóspede número um, a esposa é
a dona da pensão, e os filhos, os outros hóspedes costumeiros. Não mais existe
o ambiente acolhedor e amigo no qual se respira amor, paz e harmonia. Enquanto
isso, fora do lar, os cônjuges, no trabalho, no círculo de amizades, encontram
sempre alguém que lhes dê atenção e se interesse (ou finge se interessar) pelos
seus problemas.
Então
Satanás, que não dorme, entra em ação. Começa a falar ao coração que é hora de
experimentar um caso de amor, um romance, mesmo passageiro. O cônjuge, mesmo
sendo cristão, diante de tal sedução, entra em conflito consigo mesmo. A mente
começa a estampar a crise de afeto que existe no lar, a falta de carinho, a
indiferença do outro cônjuge. A consciência bate forte, lembrando a condição de
cristão, lavado e remido no sangue de Jesus. Nas primeiras investidas, o servo
de Deus pensa, recua, vence. Mas, dia após dia, as coisas se agravam. A voz do
Inimigo soa mais forte e sedutora; a concupiscência se aquece. Enfim, vem a
queda, o ato, o pecado consumado, a morte espiritual.
Depois,
entre desespero e reações evidentes, o coração explode. O lar, que antes estava
ruim, fica pior. A culpa não dá paz. Os conflitos aumentam. Só há dois
caminhos: abandonar o lar, a esposa, os filhos e viver na nova
"pensão" ou continuar enganando a todos (mas não a Deus). Em qualquer
caso, todos sofrem. O cônjuge infiel, o cônjuge fiel, os filhos, a família, a
igreja. Para evitar esse tipo de contribuição à infidelidade é necessário que o
casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando
sua esposa de todo o coração, como Cristo à Igreja. A esposa, amando o esposo
da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor.
Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual.
Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual.
Deus
rejeita aquele que é infiel à sua esposa, e o rejeita não aceitando sua
adoração, o culto que é feito a Ele. Até as orações não são recebidas por Deus,
quando o marido não coabita com sua mulher com entendimento, e vice-versa.
Através do profeta Malaquias, o Senhor Deus repreendendo Israel por causa da
infidelidade conjugal. Ele dizia que não aceitava mais suas ofertas, o culto
que Israel fazia a Ele no Templo –“Porque
o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste
desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto" (Ml 2:14).
É bom refletir antes de agir!
III - AS
CONSEQUENCIAS DA INFIDELIDADE
A
infidelidade conjugal destrói casamentos e famílias, trazendo grandes prejuízos
sociais, econômicos, emocionais e espirituais. O pior de tudo, afasta a pessoa
de Deus. Segundo o sábio bíblico, “só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica
tal coisa” (Pv 6:32). Contudo, ainda que alguns tenham ciência das
consequências devastadoras desse ato, pouco se faz com o objetivo de evitá-lo,
e não são poucos os que “flertam com o inimigo ao lado”. Veja algumas
consequências, dentre muitas:
1. Perda da comunhão
familiar.
A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para
a destruição e desagregação da família. A Bíblia diz que o marido deve amar a
sua esposa da mesma forma que Cristo ama a Igreja. Ora, o Senhor ama a Igreja
com sinceridade, e, sobretudo, com fidelidade. Esta fidelidade é tão grande,
que "se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si
mesmo" (2Tm 2:13).
Quando
um cônjuge adultera causa terrível transtorno à sua família: Em primeiro lugar, atinge ao cônjuge; Em segundo lugar, aos demais membros da
família, principalmente aos filhos, que ficam confusos e perplexos por saber que
o pai ou a mãe foi infiel, traindo a confiança matrimonial e dos filhos. O
adultério mina o edifício da família em sua base, que é a confiança do esposo
na esposa, e dos filhos nos pais. Em quem confiar, se os líderes traem um ao
outro? O resultado dessa quebra de confiança é a tristeza, a decepção e a
revolta dos filhos. Muitos, não tendo estrutura espiritual e emocional,
enveredam por caminhos perigosos, envolvendo-se com drogas, bebida e
prostituição. Quem pratica a infidelidade conjugal está edificando sua casa
sobre a areia (Mt 7:26).
2. Perda da comunhão
com Deus.
O adultério é pecado gravíssimo aos olhos de Deus, o Criador do casamento, do
lar e da família. Ele divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e
impede as bênçãos divinas. O rei Davi mais do que ninguém sentiu na pele e na
alma a tragédia desse pecado. Deus, o Senhor de toda a justiça, reprovou o ato
de Davi (2Sm 11:27), perdoou-o por se arrepender profundamente do ato impensado
e precipitado, mas não o livrou das inevitáveis e trágicas consequências.
Muitas pessoas passam a vida inteira chorando por uma decisão errada feita
apenas num instante. Pagam um alto preço por uma desobediência. Choram
amargamente por tomar uma direção errada na vida. Cuidado com o pecado, pois
ele pode levar você mais longe do que você quer ir.
3. Morte espiritual. O adultério leva à
morte espiritual, às vezes até à morte física. O mais perigoso é a morte
eterna, ou seja, o afastamento eterno de Deus; é a pior consequência da
infidelidade conjugal. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um homem,
ou uma mulher, para o inferno - “Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros...herdarão o Reino
de Deus” (1Co 6:10). É necessário estar alerta para as ciladas do Inimigo. O sábio Salomão, usado por Deus,
exortou e advertiu quanto aos perigos do adultério. Sua palavra era a Palavra
de Deus convocando seus filhos à vigilância contra a infidelidade conjugal. Com
um realismo extraordinário, o Senhor verberou contra a prática pecaminosa, reconhecendo
que "os lábios da mulher estranha
destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite"
(Pv 5:3). No
início, são
"favos de mel", que depois, podem transformar-se em "favos de
fel". Pense nisso!
IV – CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
“No final de sua vida será muito tarde para pedir
conselhos. Quando o desejo está aflorado, as pessoas não querem conselhos,
querem satisfação. A melhor ocasião para aprender sobre os perigos e a tolice
de praticar o sexo ilícito (ou qualquer outra coisa que seja prejudicial) é
antes de ser tentado. Será mais fácil resistir à tentação se tal decisão tiver
sido tomada previamente. Não espere para ver oque acontece. Prepare-se para a
tentação, decidindo agora como agirá quando tiver de enfrentá-la” (Bíblia de
Estudo - Aplicação Pessoal). Ler Pv 5:11-13.
Para
que possamos enfrentar e vencer as “astutas ciladas do Diabo” (Ef 6:11) contra
a fidelidade conjugal, proponho os seguintes conselhos:
1. Orar sempre - “Orai sem cessar” (1Ts
5:17). Orar é
tão necessário quanto comer, tomar água, repousar e exercitar o corpo. Orar é o
respirar da alma. Se uma pessoa passar mais de três minutos sem respirar, seu
cérebro sofrerá lesões que podem ser irreversíveis, e ate morrer. Sem oração,
certamente, advirão "lesões" espirituais que podem levar à morte.
Ninguém consegue vencer as tentações, os ataques malignos contra a vida, o lar,
o ministério, o casamento, sem oração.
O que levou o rei Davi a cometer
pecados tão ignominiosos, a ponto de adulterar com a esposa de um soldado do
exército que defendia seu reino e sua vida? Pior ainda, o que o levou a perder
todo o senso de respeito e consideração pelo general Urias, quando mandou chamá-lo de volta para casa, após usar
a esposa do amigo? E vendo que sua artimanha não funcionava, mandou-o de volta
à batalha, levando a própria sentença de morte em mãos? Não foi falta de
mulheres. Ele, o rei, tinha nada menos que sete
mulheres e dez concubinas. O que derrotou Davi foi a falta de oração.
Enquanto o exército de Israel lutava, ele passeava no terraço do palácio,
ocioso. Deveria, ao levantar-se do repouso merecido, ter ido orar pelo seu
povo, pelos soldados, que expunham a sua vida defendendo o reino. Mas não o fez. Não orou. Não vigiou (2Sm
12:7-14). Deixou-se levar pela concupiscência da carne, e da indução do Diabo
para cometer atos tão vis, que se tornaram símbolo da falta de honradez e
dignidade para um homem que fora chamado de "homem segundo o coração de
Deus", na inferência do texto em que Deus reprova Saul, por sua
desobediência e promete levantar um sucessor que seria do seu agrado (1Sm 13:14).
Portanto, não há como escapar se
não atentarmos para este conselho. Como diz certo ditado cristão: "Muita
oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum
poder". É simplista? Pode ser. Mas é real. Jesus mandou vigiar e orar para
não cair em tentação (Mt 26:41).
2. Vigiar sempre. Explica muito bem o
pastor Elinaldo Renovato quando diz: “Se a oração é o respirar da alma para não
morrer, a vigilância são ‘as câmaras de segurança’ em torno da vida cristã.
Além de grades de proteção, as pessoas instalam câmeras de segurança e cercas
elétricas em torno de suas residências para evitar a ação dos marginais, que
vivem à procura de assaltar os bens alheios. Tais aparatos não impedem, mas
podem evitar muitas ações de meliantes. Na vida espiritual, a vigilância é
indispensável. Sem a vigilância, a oração pode perder seus efeitos benéficos,
pois surpresas e ‘ciladas do diabo’ podem ocorrer a qualquer momento, quando
menos se espera. Para evitar cair nas garras do Diabo e ser presa da pratica do
adultério, é indispensável vigiar sempre”.
3. Honre seu cônjuge – “Igualmente
vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como
vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que
não sejam impedidas as vossas orações” (1Pe 3:7). Honrar a esposa, dando-lhe o
apreço e o respeito necessário, é fator decisivo para uma vida conjugal
ajustada e gratificante. Há esposos que se envergonham de suas esposas. Às
vezes, por causa das marcas do tempo em suas mulheres, quando perdem a graça da juventude, há homens que deixam de se interessar por
suas esposas; isso é brecha para o Adversário penetrar no relacionamento. O
mesmo aplica-se às mulheres. A Bíblia diz que a mulher deve reverenciar seu
marido “-Assim também vós, cada um em
particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido” (Ef 5.33).
4. Tenha desvelo pelo casamento. Os dois devem ter certos cuidados;
usar sempre sua aliança no ambiente de trabalho; evitar envolvimento emocional com
estranhos, e ter coisas que lembrem sua esposa e filhos, como fotos. Evitar
envolvimento com pessoas da igreja, que possa causar prejuízo ao ministério e
ao casamento. No aconselhamento, no caso de obreiros, ter muito cuidado para
não envolver-se com mulheres que estão em dificuldade matrimonial. Vários
obreiros já caíram, por não terem vigiado nessa parte.
5. Cuide da parte sexual (1Co 7:3,5). Cuidar dessa parte
do matrimônio é importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do
marido e sua esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o Diabo procura
prejudicar o relacionamento, a fim de destruir o casamento. O
Inimigo tem trabalhado de modo constante para levar o marido ou a esposa a
pecar nessa área. Muitos pastores têm caído na cilada do Inimigo, por isso seus
ministérios foram à bancarrota por causa da infidelidade conjugal. Cuidado! “os lábios da mulher estranha destilam favos
de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite, mas o seu fim é amargoso
como o absinto, agudo como a espada de dois fios. Os seus pés descem à morte;
os seus passos firmam-se no inferno. Afasta dela o teu caminho e não te
aproximes da porta da sua casa; para que não dê a outros a tua honra, nem os
teus anos a cruéis. Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço.
Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Porque
os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana todas a
suas carreiras” (Pv 5:3-5,8,9,15,18,21).
6. Evite o uso da tecnologia a serviço do mal. A televisão é uma invenção
extraordinária. Por ela, mensagens edificantes podem chegar a muitas pessoas.
Um pregador pode alcançar milhões de telespectadores. Mas, por ela, o Diabo
pode entrar nos lares e nas mentes de servos e servas de Deus. Pesquisas
mostram que aonde chega o sinal de determinadas emissoras, com a transmissão de
novelas, o número de separações de casais aumenta. Certas programações, na TV
secular, são fruto do plano do Diabo para destruir a moral, os bons costumes, o
lar e o casamento. Por isso, diz a Bíblia: "Não porei coisa má diante de
meus olhos" (Sl 101:3). Pior que a TV é a internet, quando usada para o
pecado. Muitos casais estão prejudicados em seu casamento, por causa do vício do
cônjuge, que se deixa escravizar pelos contatos virtuais ilícitos. Há cristãos
viciados em sexo virtual, em pornografia e relacionamentos com pessoas
estranhas, o que equivale a adultério, segundo ensino de Jesus (Mt 5:28).
Assim, o cristão deve evitar os programas imorais na TV e na internet, as
revistas pornográficas, as novelas, cujo enredo é demonismo e sexo explícito,
traição, violência, inversão de valores, desrespeito a Deus. Pergunta: Será que
Jesus está ao lado de uma irmã, ou irmão, quando está assistindo à novela? Ou
quando está diante da internet, acessando sites pornográficos?
7. Fuja dos desejos ilícitos (2Tm 2:22. Pv 3:7; 22:3).
Os
esposos mais jovens são mais visados pelas tentações do sexo; o Diabo aproveita-se
dos problemas do casal para investir na infidelidade. Todavia, os de mais idade
não estão imunes a pensamentos pecaminosos. A batalha contra as tentações está
na mente, nas emoções, nos sentimentos; é preciso guardar o coração, porque
dele procedem as fontes da vida (Pv 4:23); o pensamento deve ser levado cativo
(2Co 10:5) e precisamos renovar o nosso entendimento (Rm 12:2).
CONCLUSÃO
Concluindo esta Aula, recomendo atentar ao conselho
do apóstolo Paulo no tocante a infidelidade conjugal. Disse ele à igreja de
Corinto: "Não sabeis vós que sois o
templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o
templo de Deus, Deus o destruirá: porque o templo de Deus, que sois vós, é
santo" (1Co 3:16,17). O homem, ou a mulher cristã, deve tomar em
consideração esta advertência solene da Bíblia: Se alguém destruir o seu
próprio corpo, pelo pecado, Deus o destruirá. Mais clara, ainda, é a exortação,
quando lemos o trecho de 1Co 6:18-20: "Fugi
da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o que se
prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois
de vos mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no
nosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". Vemos,
então, que a infidelidade conjugal, geralmente tornada em adultério, é
considerada o maior pecado contra o corpo. Isto porque o corpo é "templo
de Deus", "templo do Espírito Santo”. Havendo o verdadeiro amor, não
haverá frieza sexual; haverá interesse, atração de um pelo outro; haverá prazer
no ato sexual. É necessário evitar a infidelidade sob qualquer forma ou
pretexto. Pense nisso!
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Elaboração:
Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus –
Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
William
Macdonald – Comentário Bíblico popular (Novo Testamento).
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
O
Novo Dicionário da Bíblia – J.D.DOUGLAS.
Revista
Ensinador Cristão – nº 56 – CPAD.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal.
A
Família Cristã e os ataques do inimigo – Elinaldo Renovato – CPAD.
Aula
06 - A infidelidade conjugal – Luciano
de Paula Lourenço - Subsídio Teológico – 3º Trimestre/2013.
O cristão e a sexualidade – Dr. Caramuru
Afonso Francisco – PortalEBD.
muito bom esse material estou sempre aproveitando o mesmo....
ResponderExcluirpara ensino dos meus alunos